quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Fora do Planalto e com 350 prefeituras a menos, PT estima perder controle de 50 mil cargos



Por Painel

Vem pra rua Apeado do governo federal e com cerca de 350 prefeituras a menos do que havia conquistado em 2012, o PT projeta um cenário em que até 50 mil pessoas que ocupavam cargos comissionados nas máquinas administradas pelo partido perderão os postos em 2017, quando a sigla será desalojada de grandes estruturas como a Prefeitura de SP. O número circula em reuniões internas. Além do revés político, uma questão prática: as doações dos filiados — agora sem cargo — devem despencar.
Naufragou Petistas avaliam que a derrocada no Sudeste — principalmente em São Paulo — era prevista. Lamentam que nem no Nordeste, de onde o partido esperava tirar forças para se reerguer, o cenário foi positivo.
Juntando os cacos O PT de São Paulo fará uma série de reuniões de avaliação da campanha à reeleição de Fernando Haddad. De volta à oposição, o partido planeja apresentar aos militantes, em novembro, propostas para a atuação na capital paulista.
Plano de ataque Movimentos que estiveram à frente do “Fora, Temer’ já tramam atos contrários à gestão João Doria. A avaliação é que o tucano fará um governo “mais à direita do que o ex-prefeito Gilberto Kassab”.
Roda gigante O Supremo já se prepara para ser novamente questionado pelos partidos nanicos sobre a cláusula de barreira, caso o Congresso de fato conclua sua minirreforma política.
Novo tempo A avaliação de parte dos ministros é que o entendimento da corte, agora, tende a ser diferente de quando o tribunal considerou a norma irregular, em 2006. “Variáveis daquele tempo já não estão à mesa”, diz um integrante do STF.
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Bullying Nesta quarta (5), os alunos do ensino médio do colégio Santa Cruz, em SP, foram à escola fantasiados. Grande parte foi de Doria: cashmere amarrado no ombro, mocassim e gel no cabelo — uns porque gostam do tucano, outros para fazer troça com seu estilo coxinha.
Voo mais alto O governo tem mais planos para Marcela Temer, além do programa Criança Feliz. A ideia é contar com a presença da primeira-dama em outras ações federais de comunicação.
Dona do repelente Com a chegada da temporada de chuvas, Marcela deve se tornar madrinha de uma campanha de combate à proliferação do mosquito da zika.
Família ê, família Em Paulínia, Karlo Augusto, irmão da primeira-dama, é ativista da causa “#zikazero”. Essa seria a bandeira de Augusto caso o cunhado presidente não tivesse barrado seus planos de concorrer a uma vaga de vereador na Câmara municipal da cidade.
Sinais trocados Deputados envolvidos com o texto da repatriação de recursos se irritaram com orientações confusas sobre o teor do relatório. “Precisamos entender qual governo devemos ouvir: o Planalto ou a Fazenda”, queixou-se um parlamentar.
Olha ela Além do anúncio do governo federal para “tirar o Brasil do vermelho”, alguns ministérios passaram a apontar o dedo nominalmente para Dilma Rousseff.
Herança maldita O site do Ministério da Educação, por exemplo, estampava em sua página nesta quarta (5) que “a gestão Dilma deixou o Fies sem orçamento”.
Vingança Parte do governo comemora o fim das quarentenas concedidas a ex-auxiliares de Dilma, que vencem na semana que vem. No período, eles ficam impedidos de atuar na esfera privada, mas seguem recebendo.
Conta Sobre os ataques de que a PF não desejaria um acordo com a Odebrecht para preservar Temer, um policial ironiza — exagerando os números, mas dando a temperatura: “Olhe a Esplanada. Tire 5%. O resto está na Lava Jato”.

TIROTEIO
O PT tem com a Petrobras uma Síndrome de Estocolmo às avessas: apaixonou-se pela vítima que não conseguiu matar.
DO DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA), relator do projeto do pré-sal, sobre defesa do PT da obrigatoriedade de participação da estatal na exploração.

CONTRAPONTO
Cada um com seus problemas
Em evento da Secretaria de Justiça, o governador Geraldo Alckmin lembrou história que o presidente Michel Temer costuma contar sobre Franco Montoro.
Quando assumiu o governo paulista, Montoro recebeu procuradores do Estado que pediam aumento salarial.
O porta-voz do grupo fez um apelo pessoal:
— Precisamos de aumento. Eu me separei e a situação está muito difícil — lamentou.
A audiência se arrastou e Montoro não deu resposta.
— E então, o que me diz? — insistiu o procurador.
— Acho melhor você voltar com sua mulher — respondeu o governador, encerrando a audiência.

FOLHA


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