Vem pra rua Apeado do governo federal e com cerca de 350 prefeituras a menos do que havia conquistado em 2012, o PT projeta um cenário em que até 50 mil pessoas que ocupavam cargos comissionados nas máquinas administradas pelo partido perderão os postos em 2017, quando a sigla será desalojada de grandes estruturas como a Prefeitura de SP. O número circula em reuniões internas. Além do revés político, uma questão prática: as doações dos filiados — agora sem cargo — devem despencar.
Naufragou Petistas avaliam que a derrocada no
Sudeste — principalmente em São Paulo — era prevista. Lamentam que nem
no Nordeste, de onde o partido esperava tirar forças para se reerguer, o
cenário foi positivo.
Juntando os cacos O PT de São Paulo fará uma série
de reuniões de avaliação da campanha à reeleição de Fernando Haddad. De
volta à oposição, o partido planeja apresentar aos militantes, em
novembro, propostas para a atuação na capital paulista.
Plano de ataque Movimentos que estiveram à frente do
“Fora, Temer’ já tramam atos contrários à gestão João Doria. A
avaliação é que o tucano fará um governo “mais à direita do que o
ex-prefeito Gilberto Kassab”.
Roda gigante O Supremo já se prepara para ser
novamente questionado pelos partidos nanicos sobre a cláusula de
barreira, caso o Congresso de fato conclua sua minirreforma política.
Novo tempo A avaliação de parte dos ministros é que o
entendimento da corte, agora, tende a ser diferente de quando o
tribunal considerou a norma irregular, em 2006. “Variáveis daquele tempo
já não estão à mesa”, diz um integrante do STF.
Bullying Nesta quarta (5), os alunos do ensino médio
do colégio Santa Cruz, em SP, foram à escola fantasiados. Grande parte
foi de Doria: cashmere amarrado no ombro, mocassim e gel no cabelo — uns
porque gostam do tucano, outros para fazer troça com seu estilo
coxinha.
Voo mais alto O governo tem mais planos para Marcela
Temer, além do programa Criança Feliz. A ideia é contar com a presença
da primeira-dama em outras ações federais de comunicação.
Dona do repelente Com a chegada da temporada de
chuvas, Marcela deve se tornar madrinha de uma campanha de combate à
proliferação do mosquito da zika.
Família ê, família Em Paulínia, Karlo Augusto, irmão
da primeira-dama, é ativista da causa “#zikazero”. Essa seria a
bandeira de Augusto caso o cunhado presidente não tivesse barrado seus
planos de concorrer a uma vaga de vereador na Câmara municipal da
cidade.
Sinais trocados Deputados envolvidos com o texto da
repatriação de recursos se irritaram com orientações confusas sobre o
teor do relatório. “Precisamos entender qual governo devemos ouvir: o
Planalto ou a Fazenda”, queixou-se um parlamentar.
Olha ela Além do anúncio do governo federal para
“tirar o Brasil do vermelho”, alguns ministérios passaram a apontar o
dedo nominalmente para Dilma Rousseff.
Herança maldita O site do Ministério da Educação,
por exemplo, estampava em sua página nesta quarta (5) que “a gestão
Dilma deixou o Fies sem orçamento”.
Vingança Parte do governo comemora o fim das
quarentenas concedidas a ex-auxiliares de Dilma, que vencem na semana
que vem. No período, eles ficam impedidos de atuar na esfera privada,
mas seguem recebendo.
Conta Sobre os ataques de que a PF não desejaria um
acordo com a Odebrecht para preservar Temer, um policial ironiza —
exagerando os números, mas dando a temperatura: “Olhe a Esplanada. Tire
5%. O resto está na Lava Jato”.
TIROTEIO
O PT tem com a Petrobras uma Síndrome de Estocolmo às avessas: apaixonou-se pela vítima que não conseguiu matar.
DO DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA), relator do projeto do
pré-sal, sobre defesa do PT da obrigatoriedade de participação da
estatal na exploração.
CONTRAPONTO
Cada um com seus problemas
Em evento da Secretaria de Justiça, o governador Geraldo Alckmin
lembrou história que o presidente Michel Temer costuma contar sobre
Franco Montoro.
Quando assumiu o governo paulista, Montoro recebeu procuradores do Estado que pediam aumento salarial.
O porta-voz do grupo fez um apelo pessoal:
— Precisamos de aumento. Eu me separei e a situação está muito difícil — lamentou.
A audiência se arrastou e Montoro não deu resposta.
— E então, o que me diz? — insistiu o procurador.
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