governo sitiado
Giba Bergamim Jr/Folhapress
Da
esquerda para a direita, os tucanos Chico Alves, Yara Cunha e Benê
Mascarenhas, integrantes do grupo Tucano Beer, que encomendou 150
coxinhas para fazer o esquenta do protesto
A pauta e os gritos de ordem podem ser bastante distintos –opostos,
até–, bem como a cor das camisas. Mas os participantes das manifestações
pró e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff guardam entre
si também algumas semelhanças.
O perfil deles permite dizer que há majoritariamente "coxinhas" nos protestos –sejam eles vermelhos ou amarelos.
A média de renda e instrução dos manifestantes, por exemplo, é muito superior à da cidade de São Paulo.
Também é maior entre esses grupos a taxa de pessoas que fazem parte da chamada população economicamente ativa –ainda que os tipos de ocupação tenham diferenças entre um e outro.
É o que mostra uma análise do perfil socioeconômico de quem foi aos atos nas ruas da capital paulista em março, traçado em levantamentos feitos pelo Datafolha.
Na avenida Paulista, no dia 13 –na maior manifestação a favor do impeachment–, 77% dos presentes tinham ensino superior. Proporção semelhante (73%) foi encontrada na praça da Sé na última quinta-feira (31), último ato em defesa da presidente.
Entre a população da cidade, segundo o instituto, a média de ensino superior é de 28% (a maioria, 45%, completou o fundamental).
Na renda, se dá relação parecida. Na praça da Sé, entre manifestantes pró-Dilma, metade declarou ganhar de 5 a 50 salários mínimos mensais.
O índice é o dobro do registrado entre a população paulistana e guarda mais semelhanças com o dos presentes ao ato anti-Dilma da avenida Paulista (61%).
Em termos socioeconômicos, a maior distinção entre os grupos de manifestantes aparece na profissão.
Fazem parte da população economicamente ativa 82% dos manifestantes de 13 de março e 81% dos do dia 31 (são 74% na cidade). Mas é na ocupação principal, depois de assalariado registrado (31% nos dois atos e 32% em São Paulo), que se observa a diferença.
Na manifestação em defesa de Dilma da última quinta, 16% dos entrevistados se disseram funcionários públicos –cerca de cinco vezes o índice paulistano (3%) e de três vezes o do protesto contra a presidente (5%).
Neste evento, por outro lado, o número de pessoas que se declararam empresárias (12%) foi bem superior do que no ato da Sé (4%) e do que na média da cidade (2%).
Há que se registrar também que, nos atos, disseram ao Datafolha morar fora de São Paulo 21% dos entrevistados no encontro contra a presidente, e 32% no a favor dela.
POSIÇÃO POLÍTICA
As diferenças mais marcantes entre os grupos foram identificadas pelo Datafolha na posição política –como era de se esperar.
A avaliação da presidente Dilma é ruim ou péssima para 98% dos manifestantes da avenida Paulista no dia 13, mas só para 10% dos que foram ao ato anti-impeachment.
Já a taxa de bom ou ótimo para o governo é de menos de 1% e 56%, respectivamente.
Em relação ao afastamento da petista, no ato contra Dilma declararam-se favoráveis 95%; na manifestação em defesa da presidente, 97% eram contrários.
Politicamente, a coincidência entre os dois grupos se dá na opinião sobre o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): 96% se disseram a favor da cassação do deputado no ato anti-Dilma e 95% na manifestação pró-governo.
O Datafolha ouviu 1.313 pessoas na praça da Sé, no dia 31, e 2.262 na avenida Paulista, no dia 13.
A margem de erro de ambas as pesquisas é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O Datafolha ouviu 1.313 pessoas em 31.mar, das 17h às 21h, e 2.262 pessoas em 13.mar, das 14h às 18h30; a margem de erro das duas pesquisas é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Os dados da cidade de SP se referem a pesquisa feita em 28 e 29.out.2015. Obs.: somas podem divergir devido a arredondamentos
O perfil deles permite dizer que há majoritariamente "coxinhas" nos protestos –sejam eles vermelhos ou amarelos.
A média de renda e instrução dos manifestantes, por exemplo, é muito superior à da cidade de São Paulo.
Também é maior entre esses grupos a taxa de pessoas que fazem parte da chamada população economicamente ativa –ainda que os tipos de ocupação tenham diferenças entre um e outro.
Moacyr Lopes Junior/Folhapress
A manifestação "Canto da Democracia" em frente a Catedral da Sé, no centro de São Paulo
É o que mostra uma análise do perfil socioeconômico de quem foi aos atos nas ruas da capital paulista em março, traçado em levantamentos feitos pelo Datafolha.
Na avenida Paulista, no dia 13 –na maior manifestação a favor do impeachment–, 77% dos presentes tinham ensino superior. Proporção semelhante (73%) foi encontrada na praça da Sé na última quinta-feira (31), último ato em defesa da presidente.
Entre a população da cidade, segundo o instituto, a média de ensino superior é de 28% (a maioria, 45%, completou o fundamental).
Na renda, se dá relação parecida. Na praça da Sé, entre manifestantes pró-Dilma, metade declarou ganhar de 5 a 50 salários mínimos mensais.
O índice é o dobro do registrado entre a população paulistana e guarda mais semelhanças com o dos presentes ao ato anti-Dilma da avenida Paulista (61%).
Em termos socioeconômicos, a maior distinção entre os grupos de manifestantes aparece na profissão.
Fazem parte da população economicamente ativa 82% dos manifestantes de 13 de março e 81% dos do dia 31 (são 74% na cidade). Mas é na ocupação principal, depois de assalariado registrado (31% nos dois atos e 32% em São Paulo), que se observa a diferença.
Na manifestação em defesa de Dilma da última quinta, 16% dos entrevistados se disseram funcionários públicos –cerca de cinco vezes o índice paulistano (3%) e de três vezes o do protesto contra a presidente (5%).
Neste evento, por outro lado, o número de pessoas que se declararam empresárias (12%) foi bem superior do que no ato da Sé (4%) e do que na média da cidade (2%).
Há que se registrar também que, nos atos, disseram ao Datafolha morar fora de São Paulo 21% dos entrevistados no encontro contra a presidente, e 32% no a favor dela.
POSIÇÃO POLÍTICA
As diferenças mais marcantes entre os grupos foram identificadas pelo Datafolha na posição política –como era de se esperar.
A avaliação da presidente Dilma é ruim ou péssima para 98% dos manifestantes da avenida Paulista no dia 13, mas só para 10% dos que foram ao ato anti-impeachment.
Já a taxa de bom ou ótimo para o governo é de menos de 1% e 56%, respectivamente.
Em relação ao afastamento da petista, no ato contra Dilma declararam-se favoráveis 95%; na manifestação em defesa da presidente, 97% eram contrários.
Politicamente, a coincidência entre os dois grupos se dá na opinião sobre o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): 96% se disseram a favor da cassação do deputado no ato anti-Dilma e 95% na manifestação pró-governo.
O Datafolha ouviu 1.313 pessoas na praça da Sé, no dia 31, e 2.262 na avenida Paulista, no dia 13.
A margem de erro de ambas as pesquisas é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O Datafolha ouviu 1.313 pessoas em 31.mar, das 17h às 21h, e 2.262 pessoas em 13.mar, das 14h às 18h30; a margem de erro das duas pesquisas é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Os dados da cidade de SP se referem a pesquisa feita em 28 e 29.out.2015. Obs.: somas podem divergir devido a arredondamentos
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