Brasília
(DF) – O fracasso da gestão da presidente Dilma Rousseff, traduzido
pela crise econômica e política que acomete o Brasil e pelos crescentes
escândalos de corrupção, já é destaque na mídia internacional. Um dos
mais prestigiados jornais do mundo, o americano “The New York Times”,
destacou em sua capa desta segunda-feira (04/04) as ligações entre a
corrupção e o atual momento brasileiro.
A capa traz fotos de
Dilma, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do senador Delcídio
do Amaral, ex-líder do governo petista, do juiz federal Sérgio Moro,
responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, e de um dos
grandes protestos contra o governo de Dilma. A importância dada à
matéria sobre o Brasil, por exemplo, é maior que a dada a assuntos dos
próprios EUA, como a indicação de um juiz à Suprema Corte ou a acirrada
disputa presidencial americana.
Segundo a Folha de S. Paulo
(04/04), o New York Times apontou o escândalo de corrupção na Petrobras
como um dos maiores entre os países em desenvolvimento, e
responsabilizou o caso por ter, aliado à crise econômica, devastado “as
ambições globais” do país.
A reportagem também entrevistou o
senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), preso pela Polícia Federal
por tentar obstruir a Operação Lava Jato. O parlamentar, que até poucas
semanas fazia parte do PT, contou ao jornal americano que a presidente
Dilma o teria instruído a sabotar uma investigação sobre a Petrobras,
convencendo juízes a libertar empreiteiros acusados de corrupção.
O
NYT elencou ainda casos envolvendo o ex-presidente Lula, como as
reformas pagas pelas empreiteiras Odebrecht e OAS no sítio de Atibaia e
no tríplex do Guarujá, e citou o que chamou de “pânico no Partido dos
Trabalhadores”: gravações em que aparecem membros do partido, como o
ministro da Educação Aloizio Mercadante e o ministro-chefe do gabinete
pessoal de Dilma Rousseff, Jaques Wagner.
Por fim, a reportagem
ironizou a calamidade do atual cenário político brasileiro, comparando-o
à famosa série de fantasia da HBO, Game of Thrones.
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POLÍTICA E ECONOMIA