sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Em Bangu, Cabral tem cabelo cortado e divide cela com ex-secretários



Reprodução


Foto do ex-governador Sérgio Cabral ao dar entrada em presídio
Fotos do ex-governador Sérgio Cabral ao dar entrada em presídio
Preso na última quinta (17), o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, teve o cabelo cortado ao chegar ao presídio Bangu Oito, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. 

Cabral também trocou a camisa social que vestia quando foi detido, em sua casa no Leblon, pelo uniforme penitenciário. 

O ex-governador divide a cela com seus ex-secretários e ex-assessores José Orlando Rabelo, Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, Hudson Braga, Luiz Paulo Reis e Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves, todos alvos da Operação Calicute, deflagrada na quinta-feira, 17. 

A unidade em que está preso é reservada para detentos com ensino superior. Cabral é jornalista. 

Nesta sexta (18), ele tomou um café da manhã de pão com manteiga. 

No almoço e no jantar, o cardápio é composto por: arroz ou macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe, frango), legumes, salada, sobremesa e refresco. Já o lanche é um guaraná e pão com manteiga ou bolo. 

OPERAÇÃO
 
A Calicute é uma ação conjunta das forças-tarefas da Lava Jato no Rio e em Curitiba. 

O ex-governador é acusado de desviar mais de R$ 220 milhões de recursos públicos federais em obras realizadas no Estado, que passa por uma crise fiscal e, por isso, teve R$ 170 milhões bloqueados pela União. 

Também são investigados os crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. 

GAROTINHO
 
Outro ex-governador do Estado foi preso nesta semana. Anthony Garotinho (PR), adversário de Cabral, foi preso na quarta-feira (16), e levado para Bangu na noite desta quinta, após passar pelo hospital por causa de um pico de pressão. 

Ao ser acomodado dentro da ambulância, Garotinho tentou se levantar e foi contido por agentes da Polícia Federal. 

De acordo com a Justiça Eleitoral, o ex-governador tentou coagir duas testemunhas do caso e eliminou documentos públicos que ajudariam na apuração dos supostos crimes. 

Segundo as investigações, o esquema mais que dobrou o número de beneficiários do Cheque Cidadão, da Prefeitura de Campos, a partir de junho. O objetivo seria usar para fins eleitorais o programa, que destina R$ 200 a famílias pobres. 

De acordo com o Ministério Público, 34 candidatos a vereador na cidade eram beneficiados pela prática, dos quais 11 eleitos.
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