segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Editorial: Silêncio das águas

A presidente Dilma desembarca no Palácio da Alvorada, após chegar de Salvador, onde descansa após a sua reeleiçãoDepois de uma campanha eleitoral tão disputada quanto repleta de imprevistos, chama a atenção o clima de expectativa e de especulação abafada que cercou o breve descanso da presidente Dilma Rousseff (PT) numa base naval do litoral baiano. 

É como se desse curto interregno tivesse de sair uma figura diferente daquela que exerceu o governo nos últimos quatro anos. A própria publicidade eleitoral reconhecia a importância das mudanças, ao mesmo tempo em que apostava na bandeira da continuidade. 

Insiste-se na necessidade de superar o perfil inóspito da presidente e de estabelecer pontes mais largas de contato entre o Planalto e os sistemas político e financeiro.
De algum modo se fortaleceu, entretanto, a expectativa de que, no segundo mandato, Dilma possa reinventar algo do espírito moralizador e intransigente dos tempos, já distantes, em que o rótulo mercadológico de "faxineira" obtinha ressonância na classe média. 

Serão incompatíveis essas expectativas? Reinou o silêncio na praia de Aratu (BA). Num visível aceno ao mercado, o Banco Central surpreendeu os analistas ao elevar os juros básicos da economia. 

Haveria nisso um sinal de preocupação, por parte da presidente, com os rumos da macroeconomia, visivelmente negligenciados durante o ano eleitoral? Ou se trata de iniciativa, vá lá o termo, autônoma das autoridades monetárias? 

A essa pergunta se soma a que diz respeito ao nome do futuro ministro da Fazenda. Não se tem certeza quanto à disposição de Dilma para mitigar o estilo centralizador que a caracteriza, mas nomes fortes na economia –e na articulação política– parecem indispensáveis. 

Vencedora nas urnas, a presidente viu nos últimos dias um renovado movimento de rebeldia em sua base parlamentar. 

Os presidentes da Câmara e do Senado exercem sem maiores reverências o papel de representantes das pressões peemedebistas por mais cargos no novo ministério. Partidos menores acompanham o movimento, e desse acerado apetite resulta a preparação de uma pauta explosiva de propostas de gastos no Congresso. 

A nova presidente –que é, porém, a mesma– ganhou inegável capital de votos e de autonomia depois de outubro. Não haverá de ignorar que o continuísmo de seus métodos não condiz com o horizonte de mais quatro anos no poder; mas dificilmente saberá reconfigurar um sistema que, se por vezes a exaspera, também lhe compraz. 

Das águas de Aratu, o que vai emergir não se sabe: improvável Minerva ou impossível Medusa, a presidente descansou e, espera-se, refletiu sobre seu futuro. 
FOLHA>UOL
LEOPOLDINA CORRÊA é jornalista com formação em Mídias Digitais pela UFC >>>> Diploma

domingo, 2 de novembro de 2014

Quem perdeu a eleição

Escrevendo dois dias antes da eleição, não sei quem ganhou, mas sei quem perdeu. Da campanha mais sórdida em 70 anos, a democracia sai degradada pela manipulação dos marqueteiros. O Brasil já perdera crescimento, estabilidade da moeda, responsabilidade fiscal, saldo das exportações, dinamismo da indústria, admiração do mundo. Está agora ameaçado de perder a unidade e a concórdia civil.
Lula, Dilma e seu partido escolheram o confronto e a violência verbal como tática para ganhar. Se vencer, a presidente não poderá repetir o que disse Obama em sua posse: "estamos juntos porque escolhemos a esperança em vez do medo, a unidade de propósitos em lugar do conflito e da discórdia".
A democracia deve encarar a alternância no governo como o único antídoto contra a inevitável corrupção do poder perpétuo. Não se trata de esperar, por absurdo, que o governo cometa suicídio em nome da alternância. O que se tem o direito de exigir é que nenhum partido, muito menos o que goza da vantagem da situação, se comporte como aquele coronel do interior para o qual só havia em política um crime imperdoável: perder eleição.
Justificar a sordidez dos meios pelo desejo de manter os inegáveis avanços sociais em favor dos pobres equivale à definição que Sartre deu dos estalinistas: "homens injustos que lutam pela justiça".
Não cabe colocar no mesmo plano a mentira oficializada como método de campanha com a divulgação de depoimentos do mais espantoso escândalo de corrupção de que se tem memória na Petrobras e no país. Os juízes terão de decidir se o governo teve responsabilidade criminal. O que não padece dúvida é a responsabilidade política pelo descalabro de presidentes e governos que nomearam e mantiveram nos cargos os diretores indicados por partidos que mais se parecem a famílias mafiosas.
Deixou-se que os problemas brasileiros adquirissem dimensões quase sobre-humanas. Do lado econômico, inflação em alta, estagnação do crescimento, déficits assustadores no orçamento e nas contas externas, risco de perder o grau de investimento numa conjuntura internacional adversa. Do lado político, um congresso ainda mais fragmentado em partidos fisiológicos combinado com instituições públicas desmoralizadas por escândalos.
A última coisa de que precisávamos era de uma sociedade rachada ao meio, polarizada e radicalizada. Como tivemos nos dois anos e meio de paralisia antes do golpe militar.
A fim de enfrentar os desafios que o esperam, o governo precisará de um mínimo de unidade e consenso, inclusive das oposições. Os que põem fogo em paixões sectárias para ganhar a eleição vão logo descobrir que vitórias geradoras de ressentimento e rancor inviabilizam tais condições.
Para quem age dessa forma irresponsável, a política não passa de um moinho que deve ser usado para triturar vidas exemplares como a de Marina. Ou para reduzir a pó as ilusões dos que sonharam com uma vida pública renovada e mais pura.
O sábio Cartola já nos antecipou o destino que os aguarda: herdarão somente o cinismo e resvalarão no abismo que cavaram com seus pés.

Eduardo Cunha propõe parceria aos oposicionistas na Câmara: ‘Fora PT’


Longe dos refletores, Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara, procurou os congêneres da bancada da oposição para pedir apoio à sua pretensão de tornar-se o próximo presidente da Câmara. De acordo com o relato de seus interlocutores, o deputado irá à sorte dos votos no plenário enrolado nas seguintes bandeiras:
1. Fora PT: Eduardo Cunha apresenta-se como candidato favorito a impedir que um petista se apodere da cadeira de presidente da Câmara na legislatura que se inicia em fevereiro de 2015.

2. Independência: desafeto de Dilma Rousseff, o líder do partido do vice-presidente Michel Temer sinaliza que comandará a Câmara como um magistrado parcial. Nas bolas divididas entre Planalto e Câmara, decidirá sempre em favor do Legislativo.

3. Respeito às minorias: afirma, de resto: nas ocasiões em que a maioria governista ameaçar com o trator, proverá à minoria oposicionista a proteção dos escudos do regimento interno e da Constituição.

Antes composta por PSDB, DEM e PPS, a infantaria oposicionista ganhou o reforço do PSB e do Solidariedade. Numa primeira rodada de conversas, decidiram costurar uma estratégia conjunta. Analisam a viabilidade de uma candidatura própria. Como Plano B, a maioria prefere Eduardo Cunha a qualquer nome do PT.

Afora o flerte com os antagonistas de Dilma, Eduardo Cunha articula a formação de um bloco de legendas governistas para isolar o PT. Faz isso com o respaldo da unanimidade da bancada do PMDB, que o reconduziu à liderança na última quarta-feira.

Ao farejar a movimentação do pseudoaliado, o Planalto decidiu tratá-lo como adversário. Porém, numa conversa com Temer, Dilma disse que, antes de decidir o que fazer, seria conveniente verificar:  

A) como se comportarão os partidos. 

B) quem sobreviverá às delações do petrolão? O problema é que, se demorar muito para levar o seu fubá, Dilma arrisca-se a encontrar Eduardo Cunha voltando com o bolo -ou com o bololô.

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LEOPOLDINA CORRÊA é jornalista com formação em Mídias Digitais pela UFC >>>> Diploma
 

Passada eleição, Alckmin quer ajuda de Dilma para enfrentar crise da água

Passada a eleição presidencial, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (29) que pedirá ao governo federal recursos financeiros e a desoneração de impostos para enfrentar a atual crise de desabastecimento de água.
O tucano defendeu a necessidade de conceder a isenção do PIS e Cofins para empresas de saneamento básico e a realização de parceria com o governo federal para as obras de interligação do Rio Jaguari, da bacia do Paraíba do Sul, com a represa do Atibainha, do Sistema Cantareira.
O tom adotado por Alckmin é completamente diferente ao do período eleitoral, quando PT e PSDB protagonizaram troca de acusações sobre a responsabilidade da crise hídrica.
Na mesma linha, ele evitou rebater entrevista concedida pela presidente Dilma Rousseff (PT) nesta terça-feira (28), na qual ela disse que informou ao governo estadual em fevereiro sobre o risco da falta de água.
"A eleição já acabou. Não deve haver um terceiro turno. Isso prejudica a população. A nossa disposição é a do diálogo e da cooperação", disse. " O governo federal é um grande parceiro e vamos encaminhar e já temos vários pleitos", acrescentou.

Editoria de Arte/Folhapress
Apesar do tom conciliador, o governador não deixou de fazer críticas ao governo federal. Segundo ele, a promessa de desonerar impostos sobre as empresas de saneamento foi prometida pela presidente em 2010, mas não foi cumprida.
"O governo federal precisa tirar o imposto da água. É inacreditável. Só a Sabesp paga ao governo federal R$ 680 milhões de PIS e Cofins", criticou.
Ele reclamou ainda de decisão do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) de ter priorizado a geração de energia elétrica, e não o abastecimento de água, em represas como a do Jaguari. Segundo ele, o governo estadual avalia, inclusive, a possibilidade de encerrar a concessão da represa para geração de energia.
"Nós estudamos retirar a represa do Jaguari, que é de São Paulo, como geradora de energia. Ela gera pouca energia elétrica. Vamos pedir para encerrar a concessão e manter a represa só para abastecimento humano", antecipou.
GAFE
O governador participou nesta quarta-feira (29) de evento de assinatura de convênio para construção de policlínicas em Santos (SP), cidade da Baixada Santista.
Durante a cerimônia, ele passou por uma saia-justa. Em discurso, o deputado estadual eleito Luciano Batista (PTB-SP) referiu-se de maneira pouco usual a um restaurante Bom Prato, iniciativa do governo estadual e programada para ser construído na cidade litorânea.
"O sujeito come no Bom Prato e, se por acaso passar mal, e não vai, já segue para a policlínica. É uma coisa rápida e rasteira", disse.
Diante do constrangimento geral, o ex-prefeito de Santos (SP) João Paulo Papa tentou consertar a gafe.
"O pessoal come no Bom Prato e é aí que não vai passar mal mesmo", disse, para alívio dos tucanos. 


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Eleições colocaram PT em atrito com PMDB em 14 Estados

As eleições para governador deixaram um saldo de conflitos entre PT e PMDB nos Estados. O rompimento de alianças e o acirramento da campanha levaram os pontos de atrito a 14 Estados. 
 
A disputa abalou a relação entre petistas e peemedebistas no Ceará, no Espírito Santo, no Piauí, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte. 

Há outros nove Estados (Acre, Amapá, Bahia, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) em que a rivalidade já existia, mas, em alguns casos, só aumentou ao longo deste ano. 

O desgosto do PMDB com o PT é encabeçado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves. Ele atribui sua derrota na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte ao ex-presidente Lula, que na campanha apoiou Robinson Faria (PSD), eleito no domingo (26). 


Pedro Ladeira/Folhapress
O senador Eunício Oliveira, que perdeu a eleição ao governo do Ceará para o PT
O senador Eunício Oliveira, que perdeu a eleição ao governo do Ceará para o PT

Embora o deputado diga ter superado a questão, o primo dele, o ministro Garibaldi Alves Filho (Previdência), reconhece que o "ressentimento" pesou na derrubada pela Câmara, na última terça (29), do decreto da presidente Dilma Rousseff que criou os conselhos populares. 

"A relação ficou tensa, e isso não vai se acalmar tão cedo", afirmou Garibaldi. 

Em Roraima, o senador Romero Jucá (PMDB) reclamou que ele e o partido foram atacados pela campanha de Ângela Portela (PT). Rodrigo Jucá, filho do senador, era vice na chapa do governador Chico Rodrigues (PSB), que acabou derrotado por Suely Campos (PP). O PT apoiou a candidata no segundo turno. 

Outro líder do PMDB insatisfeito é o senador Eunício Oliveira, derrotado por Camilo Santana (PT) na eleição para o governo do Ceará. 

Aliado de Dilma, ele reclamou por ter enfrentado um candidato do partido da presidente e anunciou que fará oposição ao PT no Estado. Em 2010, Eunício elegeu-se senador em coligação com o PT.
Como no Ceará, PT e PMDB haviam disputado juntos as eleições de 2010 no Rio, no Piauí e no Espírito Santo, mas se enfrentaram em 2014. 

No Rio, o rompimento partiu do PT, que lançou Lindbergh Farias contra o reeleito Luiz Fernando Pezão (PMDB). Resultado: parte do PMDB fez campanha para Aécio Neves. 

No Piauí, o governador José Filho (PMDB) aliou-se ao PSDB para disputar a reeleição contra o senador Wellington Dias (PT), colega de palanque em 2010. O petista venceu no primeiro turno. 

"O caminho natural é continuarmos adversários", diz o deputado Marcelo Castro, presidente do PMDB-PI. 

No ES, o PT reclama de abandono. Seguindo orientação de Lula, o partido se preparou para apoiar Paulo Hartung (PMDB) para que Dilma tivesse palanque forte. O peemedebista, porém, aliou-se ao PSDB. O PT lançou candidato de última hora e teve só 6% dos votos. "No segundo turno todos os partidos, exceto PDT e PC do B, fizeram campanha aberta contra Dilma", diz o presidente do PT capixaba, João Coser. 


FOLHA>UOL


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sábado, 1 de novembro de 2014

Atos contra Dilma e Alckmin fecham avenidas das zonas sul e oeste de SP




Dois protestos realizados na tarde deste sábado (1º) fecham vias das zonas sul e oeste de São Paulo.

Os atos têm motivações distintas: um em deles, que começou na avenida Paulista, os manifestantes pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e defendem até a intervenção militar para tirá-la do poder. Já o outro, em Pinheiros, tem como alvo o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e a falta de água no Estado.

Convocado pelas redes sociais, o protesto da avenida Paulista começou por volta de 14h no vão do Masp. Segundo a Polícia Militar, cerca de 2.500 pessoas participam da manifestação. Os presentes pedem o fim do PT, a volta dos militares e fazem ataques a referências comunistas.

Entre os participantes está o cantor Lobão e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do também deputado Jair Bolsonaro. Às 16h, os manifestantes deixaram a avenida Paulista e seguiram pela avenida Brigadeiro Luís Antônio.  

André Monteiro/Folhapress

Em Pinheiros, ativistas protestam contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o responsabilizam pela falta de água em SP
 

Esquerda contra Alckmin


O protesto de Pinheiros reúne cerca de 200 pessoas, segundo a PM --os organizadores estimam em 500 pessoas. Os manifestantes começaram a se reunir por volta de 15h no largo da Batata. Às 16h, saíram em passeata pelas ruas de Pinheiros, bloqueando a avenida Brigadeiro Faria Lima. O destino do ato é uma das sedes da Sabesp, que também fica no bairro.

O ato reúne jovens, sindicalistas e militantes de movimentos de esquerda como o Juntos!, do PSOL, Território Livre e Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre), ligada ao PSTU.

Os ativistas responsabilizam Alckmin pela falta da água e pedem a estatização da Sabesp. "É um absurdo tudo o que está acontecendo com a água da cidade", disse uma funcionária da Sabesp que não quis se identificar. Ela criticou o ato contra Dilma. "A manifestação da Paulista é contra a democracia." 

"Essa é a primeira manifestação unificada na cidade de São Paulo sobre a questão da falta de água. Vamos inaugurar uma jornada de manifestações para questionar o governo do Estado sobre a real dimensão da crise da água, porque nós temos visto vários bairros que estão tendo sucessivos cortes sem que a Sabesp informe. Está acontecendo uma campanha de desinformação da Sabesp", afirma o sociólogo Thiago Aguiar, de 25 anos, um dos integrantes do movimento.

Grupos carregam faixas com frases com questionamentos à Sabesp e críticas ao governador Alckmin. Uma delas dizia: "Alckmin acabou com a água e com a nossa paciência".

Dois grupos de maracatu estão tocando para os participantes e ensaiando gritos de guerra. Um deles fez uma paródia de uma tradicional marchinha de carnaval e os integrantes cantavam: "Se você pensa que São Paulo tem água, São Paulo não tem água, não. A culpa não é de São Pedro, a culpa é do Geraldão". Os manifestantes ainda estão concentrados no local e pretendem fazer uma caminhada pela região.

*Com reportagem de Fernando Couri e informações de Estadão Conteúdo

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Em atos pelo Brasil, manifestantes pedem saída de Dilma 12 fotos

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1º.nov.2014 - Manifestantes realizam ato para pedir o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília Vagner Rosário/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Jaques Wagner é cotado para assumir a Petrobras, diz jornal


Depois de conseguir eleger seu sucessor para o Governo da Bahia, Jaques Wagner é um dos nomes cotados para assumir a Petrobras. Segundo o jornal Valor Econômico, ele é o preferido do PT para o cargo.

Ainda de acordo com o jornal, ele é visto como uma autoridade que pode reestruturar a estatal, que tem seu nome envolvido em escândalos de corrupção recentes. A empresa também tem apresentado resultados abaixo do esperado pelo mercado.
(Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil)


Nos últimos dias, Wagner também esteve cotado para ser um dos ministros no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Na última segunda-feira (27), ela recebeu o governador para um encontro no Palácio da Alvorada.

Em 2005, Wagner assumiu a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, que cuida da articulação do Executivo com o Congresso Nacional. Ele também foi ministro do Trabalho e secretário especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

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ABSURDO! Dr. José Renato Nalini sobre o auxílio moradia de R$4.300,00 para juízes


Publicado em 24/10/2014


Em entrevista ao Jornal da Cultura realizada no dia 16/10/2014, o Dr. José Renato Nalini, Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, explica em sua visão estapafúrdia o auxílio moradia no valor de R$ 4.300,00 concedido a juízes.

Segundo ele, os juízes devem trocar seus ternos diariamente, viajar para miami sempre que possível, andar de carro novo, pagar plano de saúde, evitar AVC e síndrome do pânico e outras "mazelas" que certamente todos os juízes "sofrem", pobres coitados. Todos estes benefícios vêm camuflados como o Auxílio Moradia ou como já andam chamando, Auxílio Oba-oba.

Uma lástima.

A entrevista pode ser conferida na íntegra no link https://www.youtube.com/watch?v=x53LT...



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Mudanças de Dilma na energia deixam curto-circuito para 2015

As mudanças feitas pela gestão de Dilma Rousseff no emaranhado setor elétrico desde 2012 deixaram diversas pontas soltas. Problemas que terão de ser resolvidos pela própria equipe de governo até o início do próximo mandato. 

Do lado do consumidor, 2015 promete trazer reajustes importantes nas contas. Isso porque todos os ajustes de preço promovidos ao longo do ano terão de incluir a reposição parcial de gastos que as distribuidoras tiveram em 2014 com a compra de energia, cujo preço subiu por causa do baixo volume de chuvas. 


Para cobrir as despesas atípicas, as empresas levantaram, com a intermediação do governo, um empréstimo bancário de R$ 17,8 bilhões, que terá de ser pago pelo consumidor em dois anos. 


A Aneel também terá de definir a parcela dos gastos estimados para o setor elétrico no ano que deverá ser repassada ao consumidor em 2015 via tarifa. Em 2014, por exemplo, foram R$ 5,6 bilhões. 


Não fosse suficiente, o setor pode voltar a ter de se endividar no próximo ano. 


                                                                   Editoria de Arte/Folhapress


Tudo depende da capacidade do governo em calibrar o valor-teto dos próximos leilões de energia. Se forçar o preço para baixo, as usinas podem não participar do processo. Por consequência, as distribuidoras ficam reféns do mercado de curto prazo, com contratos mais caros.

Uma vez que essas contas superem a capacidade de pagamento das distribuidoras, elas não poderão recorrer à captação de empréstimos sem nova previsão legal publicada pelo governo. A regra atual autoriza essa "ajuda" financeira apenas ao longo de 2014. 


A variação de preços no mercado de energia depende ainda de como o governo vai lidar com as especificidades do setor. Se houver pouca chuva, por exemplo, e os reservatórios permanecerem baixos, será necessário rediscutir o uso das usinas térmicas em tempo integral. Além da matriz energética atual –que prioriza a geração de usinas hidrelétricas.


Como as térmicas estão operando acima da previsão contratual, elas também demandam mais revisões, exigindo calendário específico para realização dos reparos. 


Para não colocar em xeque a segurança do fornecimento de luz, o governo pode ainda ter de lançar mão de uma campanha pelo uso racional de energia, o que não foi feito neste ano eleitoral.

Diante de tantos problemas, e das altas cifras, o governo acabou adiando a discussão e a publicação das regras para renovação das concessões das distribuidoras. Ao todo 38 empresas, de 63, terão de passar pelo processo entre o meio e o fim de 2015. 


Procurado, o Ministério de Minas e Energia não destacou um porta-voz para comentar as pendências. Em nota, afirmou que o setor elétrico é "fortemente regulado, com regras claras, conhecidas". 

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Ministros articulam fim da aposentadoria aos 70 no STF

Ministros de tribunais superiores articulam com líderes do Congresso a aprovação de uma emenda constitucional que pode tirar da presidente Dilma Rousseff a chance de nomear cinco novos ministros do Supremo Tribunal Federal até o fim de seu segundo mandato, em 2018. 
 
Conhecida como a PEC da Bengala, a proposta de emenda à Constituição eleva de 70 para 75 anos a idade limite para a aposentadoria nos tribunais. Cinco dos dez ministros da composição atual do STF farão 70 anos de idade nos próximos quatro anos. 

A articulação ocorre em um momento em que lideranças do Congresso, em especial do PMDB, estão em atrito com o governo Dilma e em busca de espaço no segundo mandato da presidente. 

                                        Editoria de Arte/Folhapress
A emenda foi aprovada em 2005 pelo Senado e desde 2006 está parada aguardando votação no plenário da Câmara dos Deputados.
Segundo a Folha apurou, ministros do STF, como Gilmar Mendes, conversaram sobre o assunto com lideranças do Congresso recentemente, incluindo o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o líder da bancada do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ).
Procurados, eles não confirmaram as conversas oficialmente. Cunha, no entanto, diz ser favorável ao projeto. "Vou submeter o tema à bancada na próxima terça-feira", afirmou ele, que é pré-candidato a presidência da Câmara no ano que vem. 

Parlamentares ouvidos pela Folha, tanto da base aliada como da oposição, dizem que a ideia é aguardar a aposentadoria de José Jorge no TCU (Tribunal de Contas da União), para evitar que a proposta seja associada a uma manobra para favorecê-lo. 

Jorge virou desafeto do Palácio do Planalto por ser o relator da investigação sobre a refinaria de Pasadena no TCU, parte das investigações em curso sobre corrupção na Petrobras. Ele faz 70 neste ano e sua última sessão está prevista para 11 de novembro. 

O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão, também trabalha nos bastidores pela aprovação da emenda, segundo integrantes do Judiciário. 

Procurado pela Folha, Mendes disse que não trata de assuntos da Câmara e que qualquer avaliação sobre a PEC da Bengala deve ser feita pelo Congresso: "É assunto do Legislativo". O mesmo disse Falcão: "Estou longe, quem cuida é o Congresso". 

No STF, o ministro Marco Aurélio Mello, que tem 68 anos e em 2003 escreveu artigo defendendo a proposta, disse que segue favorável a ela. "Não é porque estou próximo de ser alcançado pelo cartão vermelho que sou favorável. As condições de vida mudaram, a expectativa de vida mudou. Está na hora de [o Congresso] decidir se modifica ou não, o que não pode é permanecer no limbo. Mas, caso isso também não aconteça, viro a página com muita felicidade", afirmou. 

A aposentadoria aos 70 anos de idade é compulsória para todos os funcionários públicos, mas a PEC da Bengala só muda o limite para juízes. Muitos magistrados resistem à mudança, porque temem levar mais tempo para alcançar o topo da carreira se desembargadores e membros da cúpula dos tribunais demorarem para se aposentar.
Se a emenda não fora aprovada, Dilma poderá nomear seis ministros do Supremo até 2018. Além da vaga do ex-ministro Joaquim Barbosa, que antecipou sua aposentadoria e deixou o tribunal em julho, vão se aposentar por idade nos próximos quatro anos os ministros Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski, Teori Zavascki e Rosa Weber. 

Dos cinco que se aposentarão, só Celso de Mello e Marco Aurélio não foram indicados pelos governos petistas. O decano foi indicado por José Sarney e Marco Aurélio por Fernando Collor. 


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