domingo, 17 de agosto de 2014

Morto, Eduardo Campos deu vida à terceira via na política

Os restos mortais de Eduardo Campos chegaram à base área de Recife na noite passada, às 23h05. Marina Silva e a viúva Renata foram receber o esquife. Lá estavam também, entre outros, os cinco filhos do morto. Excetuando-se o caçula Miguel, de sete meses, os demais apareceram, por assim dizer, uniformizados. Vestiam camisetas amarelas. Na altura do peito, uma inscrição: “Não vamos desistir do Brasil”.

A frase fora pronunciada por Eduardo Campos no encerramento da entrevista que ele concedera ao Jornal Nacional, na noite da última terça-feira, horas antes de embarcar, na manhã do dia seguinte, no jatinho que o transportaria para a morte. Seguiram-se ao acontecimento funesto as indagações que costumam perseguir os mortos moços, sobretudo os que nascem condenados a um futuro promissor.

Mas já? E por que ele, no frescor dos seus 49 anos? Por que assim, despedaçado num mergulho fatal do avião no solo? Por que agora, a menos de dois meses da sucessão presidencial? As interrogações e as circunstâncias da tragédia fizeram de Eduardo Campos um cadáver paradoxal —cheio de vida.

                       Velório de Eduardo Campos




17.ago.2014 - O ex-presidente Lula brinca com Miguel, o filho mais novo de Eduardo Campos, durante o velório do ex-governador, no Palácio do Campo das Princesas, em Recife (PE), neste domingo (17). Eles são observados por José Serra (ao fundo) e pela viúva de Campos, Renata Ricardo Moraes/Reuters

A inscrição na camiseta dos filhos, ecoada numa faixa fixada na lateral do caminhão de bombeiros que desfilou o impensável pelas ruas da capital pernambucana, potencializa no imaginário coletivo a sensação de que a morte, às vezes, não mata. O corpo de Eduardo Campos —ou o que restou dele— será enterrado neste domingo como um homem realizado. Ele sobrevive na disputa presidencial com chances de obter o que não conseguira produzir na fase em que ainda respirava: a abertura de uma terceira via.

Vice de Eduardo Campos, Marina Silva vai à cabeça da chapa na próxima quarta-feira. Com um potencial de votos duas ou três vezes maior do que a do titular, a ex-coadjuvante reassume o papel de protagonista como um estorvo para Dilma Rousseff. Prevalecendo a lógica, a esperança da candidata do PT de reeleger-se no primeiro turno está na bica de ser enviada para o beleléu.

Convertida numa espécie de viúva-política de Eduardo Campos, Marina pode tornar-se uma ameaça também para Aécio Neves. Beneficiária da atmosfera de comoção, ela entra na briga com chances de ultrapassar o candidato tucano. Se tiver competência para combinar a utopia da “nova política” com uma dose do pragmatismo do companheiro morto, Marina flertará com o segundo turno.

Antes da tragédia, o eleitorado parecia fadado a lidar com uma pergunta que, pela sexta vez em duas décadas, marca a sucessão no Brasil: PT ou PSDB? Numa entrevista que concedera em maio de 2013 à revista Teoria e Debate, da Fundação Perseu Abramo, o presidente do PT federal, Rui Falcão, minimizara as chances de Eduardo Campos tornar-se um ator relevante na disputa de 2014.

“Não acredito que haja espaço para uma terceira via. Há o governo e a oposição”, dissera Falcão. Ele previa que faltaria nexo a Campos quando ele tivesse de injetar ideias em seu discurso: “É possível que haja mais de uma candidatura de oposição, mas não há candidatura do mesmo campo da presidenta Dilma.” Para Falcão, haveria um replay do Fla-Flu que faz de todas as sucessões presidenciais meras gincanas do PSDB contra o PT.
“Esses são os dois projetos que têm concepções diferentes sobre o Brasil. Um, a concepção liberal privatista; e nós, uma concepção de desenvolvimento sustentável, de projeto social e de um Brasil em outro patamar, diferente do que tivemos como legado”, afirmara Falcão.

Nessa época, Marina Silva ainda recolhia assinaturas de apoiadores para fundar a sua Rede Sustentabilidade. Mas Falcão desdenhava da ex-petista: “Não tem partido, nega partido, mas está tentando construir um. Ainda é um projeto de candidatura. Se vier, será com o discurso da eleição passada, com alguns ajustes, mas já foi testado e aparecerá como oposição.”

Decorridos cinco meses dessa entrevista, a Rede teve o registro negado pelo TSE. E Marina abrigou-se no PSB de Campos. Para surpresa geral, aceitou a condição de segunda da chapa. Fez isso numa fase em que sete legendas lhe ofereciam a vaga de presidenciável. Entre elas o PPS de Roberto Freire.

Imaginou-se que Marina proporcionaria a Campos uma transfusão de parte dos 20 milhões de votos que obtivera em 2010. Porém, transcorridos dez meses de campanha, o candidato do PSB não conseguiu firmar-se como meio-termo viável entre Dilma e Aécio. Parecia que lhe faltavam firmeza e credenciais para sintetizar o sentimento de mudança escancarado nas pesquisas.

Eduardo Campos mordia Dilma. Mas soprava Lula. Ele enxergava méritos na era FHC. Mas ficava tiririca quando Aécio dizia que estariam juntos no futuro. A ‘nova política’ de que tanto falava o parceiro de Marina era um conceito vago, condicionado à geografia. Em Brasília, a “nova política'' serviria para “mandar Sarney à oposição”. Em Pernambuco, era uma coligação de 21 partidos.

Eduardo Campos dizia que Dilma entregaria um país pior do que recebeu. E Lula retrucava: “Creio que o Eduardo não pode exagerar nas críticas porque ele sabe que é o mesmo projeto, o projeto do qual ele participou e que tantos avanços trouxe para Pernambuco e o Brasil.”

Para complicar, PSB e Rede têm dificuldades para chegar a um consenso sobre o mundo, antes de reformá-lo. Vivem um drama descrito na piada de Millôr Fernandes sobre a tecnologia da engenharia chinesa: de um lado da montanha, colocam 10 mil chineses para cavar. Do outro lado, mais 10 mil. Se os dois grupos se encontram no meio da montanha, inaugura-se um túnel. Se não se encontram, inauguram-se dois túneis.

Ao continuar cheio de vida depois da morte, Eduardo Campos oferece aos sobreviventes a oportunidade de cavar um único túnel. As altas taxas de eleitores sem candidato indicam que a polarização da política brasileira entre PT e PSDB já torrou a paciência de muita gente. As duas legendas são identificadas como responsáveis pelo fisiologismo e pelos atentados ao erário praticados em nome da governabilidade.

Para enfrentar o PT, o tucano Fernando Henrique uniu-se ao rebotalho da política nacional. Para prevalecer sobre o PSDB, Lula levou a parceria com o arcaico às fronteiras do paroxismo. Num cenário assim, a morte prematura de personagens como Eduardo Campos, a despeito de todas as suas contradições, leva as pessoas a refletirem sobre as mortes procrastinadas.

Na política brasileira, há tantos vivaldinos que as pessoas ficam tentadas a enviar-lhes coroas de flores ou a atirar-lhes na cara a última pá de cal. Vem daí a atmosfera de comoção que permite a Eduardo Campos respirar nos dizeres da camiseta dos filhos: “Não vamos desistir do Brasil”.

Em momentos como o atual, a história parece se mover. Resta saber como Marina Silva irá percorrer a terceira que, morto, Eduardo Campos ressuscitou. Em 2010, Marina costumava dizer que um governo ideal reuniria os melhores quadros do PT e do PSDB. Eleita, cuidaria de unir as duas forças. Terminou virando a escada que o tucano José Serra subiu para chegar ao segundo turno na condição de candidato favorito a ser derrotado por Dilma. A diferença é que não havia nessa época o voto-comoção.

Fonte: Blog do Josias

sábado, 16 de agosto de 2014

Campos alvejaria raposas na propaganda da TV

Caiu na web uma propaganda que a campanha de Eduardo Campos levaria ao ar no horário eleitoral se o candidato não tivesse morrido. Foi veiculada no site do diário 'Folha de Pernambuco'. Na peça, Campos associa Dilma Rousseff a três apoiadores tóxicos: José Sarney, Renan Calheiros e Fernando Collor. Associa o gigantismo da Esplanada de 39 ministérios à necessidade da presidente de satisfazer os apetites fisiológicos dos pseudoaliados.

Dilma “deu um ministério a um afilhado de Sarney, a um afilhado de Renan Calheiros, outro pra lá, outro pra cá”, diz Campos no vídeo. Os aliados não votavam nada do que Dilma queria, ironiza. “Eles queriam mais! Ia pra quantos ministérios, 80, 90 100?” No centro de um cenário em forma de arena, observado por um grupo que incluía Marina Silva, Campos realça que o Legislativo só trabalhou quando as ruas roncaram.

Campos capricha na ironia: “A gente tem que botar a sociedade pra cumprir o seu papel. Eu e a Marina somos os únicos candidatos que estão dizendo agora, mandando avisar pela imprensa: avisa aí ao Sarney, ao Renan e ao Collor que a gente vai chegar, e conosco eles vão para a oposição. No nosso governo, conosco eles não vão trabalhar. O Sarney já desistiu de ser candidato, já partiu.”

A propaganda é boa. Tem palavreado fácil. A atmosfera é informal.  Mas só funciona com as plateias domesticadas dos comerciais. Em ambientes normais, alguém talvez se levantasse na plateia para recordar: o PSB usufruía de dois dos 39 ministérios até setembro do ano passado. Num deles, o da Integração Nacional, o ministro era Fernando Bezerra Coelho, cupincha de Campos.

Fonte: Blog do Josias

PSB vai lançar Marina sem exigir que ela permaneça no partido se for eleita

Janela aberta O PSB lançará Marina Silva ao Planalto sem exigir que ela permaneça no partido se for eleita. A promessa é do novo presidente da sigla, Roberto Amaral. “Isso estava no pacto. Ela pode se eleger, criar seu partido e sair”, afirma. O grupo de Marina temia que o PSB cobrasse a sua permanência na legenda até o fim de um eventual mandato na Presidência. Isso travaria o projeto de criação da Rede Sustentabilidade, o novo partido que ela começou a organizar depois de romper com o PV.

Palavra Segundo Amaral, o PSB sabe que Marina só se filiou porque não conseguiu registrar sua nova sigla. “A entrada dela foi um arranjo político porque a Rede não obteve registro. Sem isso, todos os candidatos dela estariam inelegíveis hoje.”

Exigências O PSB se deu por satisfeito com a sinalização de que Marina aceita encampar o discurso desenvolvimentista e respeitar os acordos regionais firmados por Campos. “As alianças já estão postas e terão que ser respeitadas”, afirma o ex-ministro.

Sapos Isso significa que a nova presidenciável se compromete a engolir alianças com candidatos a governador que ela não desejava apoiar, como Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, e Lindberg Farias (PT), no Rio.

Mudou Dirigentes do PSB contam que Amaral defendia, na noite de quinta-feira, que o partido indicasse um integrante histórico como novo cabeça de chapa. Mesmo sabendo que Marina não aceitaria continuar na vice.

Motim Integrantes do partido já faziam planos para referendar o lançamento de Marina à revelia do novo presidente, próximo ao PT de Lula e Dilma Rousseff.

Contatos Além de Lula, Amaral conversou com o presidente do PT, Rui Falcão, e com o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, após a morte de Campos. “Só transmiti a ele minha solidariedade e pêsames. Nada mais”, jura Falcão.

Alambrado O novo presidente do PSB afirma que Lula não sugeriu nenhum pacto que favorecesse Dilma na corrida presidencial. “Ele nem tocou no assunto. Meu pai dizia: a gente só fura a cerca que não conhece.”

Dileto Beto Albuquerque foi o único político do PSB a ser recebido por Marina já na quinta-feira. Disse à ex-senadora que ela precisava abraçar o partido, ferido pela perda repentina de Campos.

RH Apesar do favoritismo de Albuquerque, ainda há no PSB quem defenda um vice com “perfil executivo”, mais próximo ao de Campos.

Reconhecimento Conta a favor de Albuquerque o fato de ele ter alinhado PSB e Rede no Rio Grande do Sul. A sigla apoiaria Ana Amélia (PP), mas desistiu para se aliar a José Ivo Sartori (PMDB), ligado a Pedro Simon.

Solo O deputado Márcio França (PSB-SP) baixou a resistência a Marina. Manteve, entretanto, a ideia de que o partido se fragiliza em São Paulo, já que ela não se vinculará a Geraldo Alckmin (PSDB), de quem é vice.

Recomeço
O marqueteiro Diego Brandy já iniciou a seleção de imagens para o novo programa de estreia na TV, uma homenagem a Campos.

Transição Apesar do discurso de que a eleição ainda não seria abordada, integrantes da Rede se reuniram na quinta com Brandy.

Tributo Pessoas que passavam ontem em frente à sede do comitê, na zona sul de São Paulo, paravam para observar as fotos de Campos e Marina cobertas por tarjas pretas de luto. O semblante geral era de desolação.


Fonte: Uol

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Polícia Federal descobre esquema de fraudes no Mais Médicos

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (18) operação contra um esquema de fraude na emissão de diplomas falsos de medicina que eram revalidados para o exercício da profissão no Brasil e participação no programa Mais Médicos.


Durante a Operação Esculápio – em referência ao deus da medicina e da cura na mitologia greco-romana, foram expedidos 41 mandados de busca e apreensão pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal no Mato Grosso. Os mandados estão sendo cumprindo em 14 estados – Mato Grosso, Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Roraima, Rio Grande do Sul e São Paulo.

De acordo com a PF, as investigações tiveram início depois que a Universidade Federal do Mato Grosso entrou em contato com universidades bolivianas (Universidad Nacional Ecológica, Universidad Técnico Privada Cosmos e Universidad Mayor de San Simon), que confirmaram que entre os inscritos no programa de revalidação, 41 nunca foram alunos ou não concluíram a graduação nessas instituições.

Na análise dos documentos, a Polícia Federal constatou que desses 41 inscritos, 29 foram representados por advogados ou despachantes que fizeram a inscrição dos supostos médicos no Programa Revalida. Ainda de acordo com a PF, os acusados vão ser intimados a prestar esclarecimentos e poderão ser responsabilizados pelos crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica.

Perguntado sobre a operação, após participar do programa Bom Dia, Ministro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse não ter conhecimento da operação, mas considerou positiva qualquer atitude para coibir fraudes. "Uma ação como essa é muito bem-vinda", frisou.

"Quando o ministério recebe a documentação do Mais Médicos, ele repassa a lista para a Polícia Federal para que ela faça algum tipo de checagem e não só da documentação, mas dos antecedentes das pessoas que procuram se inscrever. Essa checagem feita pela Polícia Federal e também uma operação como essa podem contribuir fortemente para que não exista qualquer tipo de fraude ou tentativa de inscrição no programa de profissionais que não seja médicos. Estamos sendo muito rigorosos", acrescentou o ministro.

Ivan Richard
Denise Griesinger
Agência Brasil

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Luto Oficial: Morre eduardo Campos

‘O que foi prometido não aconteceu’, diz Campos sobre Dilma

O candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, afirmou na noite desta terça-feira que ele e seu partido deixaram o governo federal porque “aquilo que foi prometido não aconteceu”. A declaração foi dada durante sabatina no Jornal Nacional, ao ser questionado sobre o fato de o partido ter apoiado o governo federal ao longo de 10 anos. Campos lembrou que a decisão da presidente Dilma Rousseff em apoiar Renan Calheiros (PMDB) à presidência do Senado também foi um fator que pesou contra à aliança com o PSB.


Ao longo de 15 minutos, o candidato também foi questionado sobre o apoio que deu na campanha de sua mãe, Ana Arraes, para assumir uma vaga vitalícia no Tribunal de Contas da União, e de dois parentes ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco. Segundo ele, todos esses processos foram legítimos. Em relação ao apoio dado na candidatura de Ana Arraes, ele lembrou ainda que ela foi escolhida pelos seus colegas na época em que era deputada federal. “Se a nomeação fosse minha, e dependesse de mim, sim, seria nepotismo”, enfatizou. 


Inclusive, aproveitou para dizer que defende a realização de reformas para acabar com cargos vitalícios na Justiça, lembrando que o deverá caber ao novo presidente a indicação para as cinco vagas que estão abertas no Supremo Tribunal Federal (STF). 
Na sabatina, Campos também foi contestado pela aliança com Marina Silva, a sua vice, uma vez que os cada um representa linhas diversas em alguns pontos. “As contradições se resolvem com diálogo. Marina não tem nada contra o desenvolvimento econômico. O que ela defende é que o desenvolvimento respeite o meio ambiente”.  Ele afirmou ainda que o plano de governo não será feito por “posições pessoais”, mas por conceitos técnicos e de especialistas.


O presidenciável não poupou críticas ao governo de Dilma Rousseff. Citou a falta de “regras claras” nas negociações com empresários, o que tem prejudicado o desenvolvimento da economia, e a inflação, que, segundo ele, está “corroendo o salário mínimo”. Ele também afirmou ser possível pôr em prática as promessas de sua campanha, como adotar o passe livre para os estudantes, implantar as escolas em turno integral e ampliar em 10 vezes o orçamento da segurança pública. “É possível fazendo planejamento trazer a inflação para o centro da meta e fazer o País crescer com responsabilidade. O Brasil pode ir muito mais longe”, afirmou.

Saiba Mais

 
FONTE: Terra

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Genoino deixa a Papuda para cumprir o resto da pena em prisão domiciliar


O ex-presidente do PT Jose Genoino teve oficializada nesta terça-feira (12/08) a progressão para o regime aberto. O ex-deputado federal foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 4 anos e 8 meses de prisão por corrupção ativa na Ação Penal 470, o Mensalão. 

Genoino deixou o Complexo Penitenciário da Papuda ainda pela manhã e, antes de seguir para casa, assinou um termo de compromisso na Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas (Vepema) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Genoino foi beneficiado com a progressão de regime por já ter cumprido um sexto (cerca de 17%) do tempo total a que foi condenado. Para atingir a cota, o mensaleiro contou com o abatimento de 34 dias da pena, por ter  estudado na cadeia. Ele fez cursos à distância de informática e Direito Constitucional.

Em tese, no regime aberto, o presidiário fica "livre" durante o dia, mas deve se apresentar e dormir em uma casa de albergado. Como não existe tal opção no Distrito Federal, os presos condenados a tal regime acabam sendo beneficiados com a prisão domiciliar. Para isso, precisam cumprir regras como não ingerir álcool ou drogas; não deixar o DF; ficar em casa nos domingos e feriados e, nos demais dias, entre as 21h e 5h; e não se relacionarem com outros condenados no regime aberto ou semiaberto.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Surpresa da DILMA: Os médicos brasileiros NÃO ESTAVAM BRINCANDO


MÉDICOS DOS POSTOS DE SAÚDE DE TODO O BRASIL TROCAM O JALECO POR CAMISAS "FORA DILMA"

Dilma pisou em 400 mil médicos brasileiro taxando-os injustamente de mercenários e de desumanos.
A presidenta só não esperava que os médicos fossem reagir contra sua campanha e parece que já começaram. 

A força que um médico tem dentro de uma comunidade é maior que a força que a de um político?

Deixemos o tempo responder...

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Romeu Tuma Júnior acusa Polícia Federal de tentar detê-lo

Ex-secretário nacional de Justiça é autor de livro com denúncias de que PT teria uma fábrica de dossiês

SÃO PAULO - O ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior acusa a Polícia Federal de tentar detê-lo para prestar depoimento na manhã desta terça-feira, em São Paulo. Ele é autor do livro "Assassinato de Reputações — Um Crime de Estado", em que narra bastidores do período em que ocupou o cargo durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com Tuma Junior, quatro agentes chegaram ao seu escritório de advocacia por volta das 10h30m e disseram que tinham uma ordem para conduzi-lo coercitivamente para prestar depoimento na sede da PF. O ex-secretário teria se recusado, e teria ocorrido bate-boca.

- Não aceitei e fui por minha conta. É uma abuso. Para ser conduzido coercitivamente, é necessário ter sido intimado várias vezes, o que não aconteceu - disse Tuma Júnior.

A Polícia Federal informou que o ex-secretário foi ouvido em inquérito que corre em Brasília e que os agentes foram até o escritório dele para intimá-lo. De acordo com a PF, ele só seria conduzido coercitivamente caso se recusasse a comparecer. Ainda segundo o órgão, ele havia sido intimado outras vezes por meio de seu advogado, mas não cumpriu a intimação. Os detalhes da investigação serão divulgados mais tarde pela superintendência, em Brasília. O depoimento durou dez minutos, e Tuma entrou e saiu em seu próprio carro.

Na PF, o ex-secretário afirmou que conversou com um delegado chamado "Gali", que seria da delegacia fazendária:
- Eles só queriam olhar para a minha a cara. Não tinham nada para perguntar. Eu já prestei depoimento.

No livro, Tuma Júnior relata que a estrutura do governo petista seria usada para produzir dossiês contra adversários políticos e que teria ouvido do ministro Gilberto Carvalho a confissão de que o ex-prefeito de Santo André Celso Daniel teria sido assassinado depois de descobrir um esquema clandestino de arrecadação de dinheiro para beneficiar o PT:
- Já prestei vários depoimentos na Polícia Federal depois da publicação do livro. Eles querem saber da minha vida.

O ex-secretário pretende tomar medidas contra a suposta ação da PF.
- Vou apresentar representação na OAB e no Ministério Publico. Foi uma afronta - afirma.

Fonte: O Globo

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Bastidores da Política - 04.08.2014

  • Durante o primeiro semestre de 2014, o Brasil injetou no mínimo R$ 1,5 milhão por dia na economia dos Estados Unidos só com os pedidos de visto feitos à embaixada e consulados americanos. De acordo com o site da Missão Diplomática dos EUA, foram mais de 4.100 solicitações feitas todos os dias ao custo de US$ 160 cada, mas para estudantes de intercâmbio o valor mais que dobra, pois há uma taxa extra de US$ 180.

  • A recente suspensão na emissão dos vistos tem impacto zero na conta, pois o pagamento da taxa é feito antes da solicitação, não da emissão.

  • Como a taxa é cobrada em dólar e equivale a uma compra no exterior, o governo brasileiro também leva o seu ao cobrar até 6,38% de IOF.

  • Dados do Departamento de Estado dos EUA apontam o Brasil como o segundo maior “mercado” de vistos. Só perdemos para os chineses.

  • Com população 680% maior, a China teve apenas 40% mais vistos emitidos em 2013 que o Brasil. Logo, somos os campeões disparados.

  • Com o desgaste que o PT vive nos grandes centros urbanos, a cúpula nacional teme que o partido deixe de fazer a maior bancada da Câmara dos Deputados. Além da falta de puxadores de votos em São Paulo, Rio e Minas, petistas sofrem em quase todos os Estados e fazem contas para saber quantos parlamentares poderão emplacar nas urnas. Os números mais otimistas superiores a 100 deputados federais já foram esquecidos.

  • O PT só não está mais apavorado com a situação nas urnas para deputado porque nenhuma outra sigla tem mostrado bom desempenho.

  • O prognóstico da cúpula do PT é que a Câmara dos Deputados deverá ter uma composição muita fracionada, com pequenos partidos, em 2015.

  • O presidente do PT, Rui Falcão, admitiu a coordenadores que o fantasma do mensalão é um dos grandes responsáveis pelo desgaste da marca PT.

  • A CPMI da Petrobras deverá votar na próxima reunião requerimento do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) convocando o advogado Thales de Miranda, que teria sido demitido da chefia jurídica da estatal após negar parecer favorável à compra da velha refinaria de Pasadena (EUA).

  • STM, tribunal que menos julga processos no País, quer construir edifício próximo à Corte para instalar uma creche para filhos de servidores no DF. A tal creche deve funcionar próximo à 11ª Circunscrição Judiciária Militar.

  • O presidente Renan Calheiros criou pânico no Planalto ao marcar esforço concentrado esta semana no Senado, em meio a lobby de magistrados e promotores para aprovar subsídio de 5% a 35% por tempo de serviço.

  • Ocorre de hoje (4) até quarta o encontro nacional dos tribunais de contas. Os conselheiros prometem criar órgão para fiscalizar os TCEs, mas não garantem acabar com indicações políticas para escolha deles mesmos.

  • No Ceará, onde acontece o encontro, o Tribunal de Contas do Estado está envolto em escândalo pela construção de uma sede anexa sem ter pago o terreno desapropriado, e com uma licitação suspeita.

  • Com uma ampla aliança de 18 partidos no Rio, o principal problema que o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) enfrentará para sua reeleição está nele mesmo: a falta de carisma, que marqueteiros tentam maquiar.

  • O Ministério do Planejamento travou, por falta de orçamento, nomeações para segurança. Os aprovados em concurso para PF, Polícia Rodoviária Federal e Receita já fizeram curso de formação, mas não assumiram.

  • Em resposta à Coluna, o ministério afirmou que os concursos para segurança pública já estão em “fase final de análise” e que, desde 2003,  nomeou 10.449 novos servidores para Polícia Federal e PRF.

  • Membros Polícia Federal não veem a hora de dar o troco no governo pela “operação abafa” nos casos Rosemary, Cachoeira e agora Petrobras.