sábado, 6 de agosto de 2016

Santana falará à Procuradoria que Dilma sabia de caixa dois, diz revista


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BRASILIA, DF, BRASIL,04/08/2016- Entrevista com a Presidente afastada Dilma Rousseff.
A presidente afastada, Dilma Rousseff, em Brasília
O marqueteiro João Santana deve implicar a presidente afastada, Dilma Rousseff, em sua delação premiada, negociada com a Procuradoria. 


A informação é da revista "Veja". Segundo a reportagem, Santana promete dizer aos procuradores que foi Dilma quem lhe garantiu que não faltaria dinheiro para a campanha de sua reeleição, em 2014. 

De acordo com a revista, o publicitário teria relutado em aceitar fazer a campanha por ter tido problemas com o pagamento na eleição de 2010. Dilma, no entanto, teria lhes assegurado que não haveria atraso nos pagamentos e que o então ministro Guido Mantega seria o responsável pela pelo caixa paralelo. 

Ainda segundo a publicação, Santana falará que o dinheiro custeou despesas pessoais e assessores de Dilma. 

A fala do marqueteiro contradiz a petista, que afirmou em julho não ter conhecimento de caixa dois em sua campanha. "Não autorizei pagamento de caixa dois para ninguém. Se houve pagamento, não foi com o meu conhecimento", disse, em entrevista para a rádio "Jornal Commercio", no dia 22. 

Santana, informa a "Veja" promete falar sobre a campanha à reeleição do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, em 2006, que teria recebido dinheiro de forma ilícita. 

De acordo com a revista, a delação deve atingir ainda outros políticos, como a senadora Gleisi Hoffmann, que, diz o marqueteiro, teria mantido um flat em Curitiba para operar uma tesouraria clandestina de sua campanha à Prefeitura da cidade em 2008. 

Santana deve citar o atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad, que também teria utilizado caixa dois na campanha de 2012. 

Além das campanhas de Lula, Dilma e Haddad, Santana também foi responsável por eleger, em 2009, Mauricio Funes como presidente de El Salvador, José Eduardo dos Santos em Angola e Danilo Medina na República Dominicana em 2012 e ajudou na reeleição de Hugo Chávez na Venezuela. Essas eleições devem aparecer na delação. 

OUTRO LADO
 
A presidente afastada Dilma Rousseff afirmou, via assessoria, que não se manifestará sobre as acusações de João Santana. A reportagem não conseguiu contato com os demais citados.

FOLHA

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