Alan Marques -11.mai.2016/Folhapress | ||
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), no plenário do Senado Federal |
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a solicitar uma
ação de busca e apreensão no Senado para coletar dados para o inquérito
que apura a acusação de que o atual presidente nacional do PSDB, senador
Aécio Neves (MG), atuou para "maquiar" dados da CPI dos Correios, em
2005.
A medida, no entanto, foi abortada depois que o Senado garantiu que daria acesso irrestrito aos documentos.
A suspeita sobre Aécio foi levada à PGR pelo ex-senador Delcídio do Amaral, delator da Operação Lava Jato.
Ele afirma que Aécio teria atrasado o envio de dados do Banco Rural à CPI para poder "apagar dados bancários comprometedores" e evitar que a apuração sobre fraudes na instituição levasse a nomes do PSDB.
O pedido da PGR foi feito em uma ação cautelar sigilosa, em maio. A iniciativa foi tomada depois que o jornal "O Globo" divulgou que documentos da CPI haviam sido deslocados do arquivo do Senado para outro setor da Casa a pedido de Aécio.
O inquérito sobre o tucano está sob os cuidados do ministro do STF Gilmar Mendes, que chegou a autorizar o pedido, fazendo ressalvas de que a ação fosse discreta e acompanhada por um oficial de justiça do Supremo.
A operação só não ocorreu porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), emitiu nota para rebater a versão de que os documentos da CPI teriam sido alvo de manipulação indevida e encaminhou ao Supremo petição dizendo que os documentos eram públicos e estavam à disposição da Justiça.
Na nota, publicada ainda em maio, Renan afirmou que Aécio solicitou dados sobre o andamento da CPI oficialmente, via Lei de Acesso à Informação e que, por isso, autorizou que 46 caixas fossem deslocadas ao único setor formalmente autorizado a efetuar a pesquisa no Senado.
A pesquisa pedida por Aécio resultou num relatório que foi divulgado pelo próprio senador para contestar as acusações de Delcídio. Ainda em maio, o PSDB afirmou que o tucano jamais tratou com o ex-senador de assuntos referente à CPI.
"É fácil demonstrar que Delcídio do Amaral não está falando a verdade. Ele diz que foi a Minas tratar com o então governador Aécio de assunto referente à CPI. É mentira. O relatório final da CPI data de abril de 2006 e a viagem de Delcídio a Minas ocorreu dois meses depois, no dia 7 de junho de 2006", diz a nota emitida pelo partido.
OUTRO LADO
Em nota, nesta sexta-feira (3), o gabinete de Aécio disse que considerou a decisão do ministro "adequada, pois contribui para garantir transparência ao processo".
"A solicitação do senador Aécio Neves ao Senado seguiu estritamente a legislação vigente, que permite que qualquer cidadão peça pesquisa de documentos oficiais, o que foi feito pelo setor competente do Senado, como atesta documento oficial".
A medida, no entanto, foi abortada depois que o Senado garantiu que daria acesso irrestrito aos documentos.
A suspeita sobre Aécio foi levada à PGR pelo ex-senador Delcídio do Amaral, delator da Operação Lava Jato.
Ele afirma que Aécio teria atrasado o envio de dados do Banco Rural à CPI para poder "apagar dados bancários comprometedores" e evitar que a apuração sobre fraudes na instituição levasse a nomes do PSDB.
O pedido da PGR foi feito em uma ação cautelar sigilosa, em maio. A iniciativa foi tomada depois que o jornal "O Globo" divulgou que documentos da CPI haviam sido deslocados do arquivo do Senado para outro setor da Casa a pedido de Aécio.
O inquérito sobre o tucano está sob os cuidados do ministro do STF Gilmar Mendes, que chegou a autorizar o pedido, fazendo ressalvas de que a ação fosse discreta e acompanhada por um oficial de justiça do Supremo.
A operação só não ocorreu porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), emitiu nota para rebater a versão de que os documentos da CPI teriam sido alvo de manipulação indevida e encaminhou ao Supremo petição dizendo que os documentos eram públicos e estavam à disposição da Justiça.
Na nota, publicada ainda em maio, Renan afirmou que Aécio solicitou dados sobre o andamento da CPI oficialmente, via Lei de Acesso à Informação e que, por isso, autorizou que 46 caixas fossem deslocadas ao único setor formalmente autorizado a efetuar a pesquisa no Senado.
A pesquisa pedida por Aécio resultou num relatório que foi divulgado pelo próprio senador para contestar as acusações de Delcídio. Ainda em maio, o PSDB afirmou que o tucano jamais tratou com o ex-senador de assuntos referente à CPI.
"É fácil demonstrar que Delcídio do Amaral não está falando a verdade. Ele diz que foi a Minas tratar com o então governador Aécio de assunto referente à CPI. É mentira. O relatório final da CPI data de abril de 2006 e a viagem de Delcídio a Minas ocorreu dois meses depois, no dia 7 de junho de 2006", diz a nota emitida pelo partido.
OUTRO LADO
Em nota, nesta sexta-feira (3), o gabinete de Aécio disse que considerou a decisão do ministro "adequada, pois contribui para garantir transparência ao processo".
"A solicitação do senador Aécio Neves ao Senado seguiu estritamente a legislação vigente, que permite que qualquer cidadão peça pesquisa de documentos oficiais, o que foi feito pelo setor competente do Senado, como atesta documento oficial".
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