terça-feira, 2 de setembro de 2014

Debate reforça a ‘despolarização’ da sucessão




Em junho de 2013, o desalento e a irritação se encontraram nas ruas e deram à luz um fenômeno alvissareiro: a ‘desantecipação’ da sucessão presidencial. Ficara entendido que a reeleição de Dilma Rousseff não era o jogo jogado que Lula tentava fazer crer. Na noite passada, solidificou-se um segundo fenômeno: a ‘despolarização tucano-petista’. Convertido em coadjuvante de um debate entre presidenciáveis que teve Marina Silva como centro das atenções, Aécio Neves se deu conta de que o PSDB já não dispõe de vaga cativa num segundo turno contra o PT.




Debates entre os presidenciáveis 

1º.set.2014 - Candidatos à Presidência da República participam de debate promovido pelo UOL, Folha de S. Paulo, SBT e a rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira (1º), no estúdio do SBT,em São Paulo.


Nos trechos do debate em que os candidatos questionaram seus antagonistas, Dilma e Marina ignoraram Aécio. Empatadas no topo do último Datafolha, cada uma com 34% das intenções de voto, elas preferiram inquirir uma à outra. Prejudicado por um sorteio que o empurrou para o fim da fila de inquisidores, Aécio, lipoaspirado de 20% para 15% na última pesquisa, viu-se compelido a “debater” com candidatos nanicos, usando-os como escada para alcançar sobretudo a jugular de Dilma.

Há 20 dias, essas cenas eram impensáveis. Rumava-se para a reedição do Fla-Flu. Dilma e Aécio ignoravam os menos de 10% de Eduardo Campos. Equipavam-se para a sexta final consecutiva do eterno torneio entre PT e PSDB. De repente, a morte de Campos eliminou a represa que impedia o potencial de votos de Marina de jorrar. E Dilma, que segundo seu marqueteiro veria “do Olimpo” os rivais se comendo “numa antropofagia de anões”, é obrigada agora a se engalfinhar com uma ex-anã que ficou do seu tamanho. E ainda pode ficar maior.

Quanto a Aécio, restou-lhe tentar impedir que o voto útil o empurre para o mesmo acostamento em que estava estacionada a terceira via de Eduardo Campos. Levando-se em conta que a rejeição à candidatura de Dilma bateu em 45%, um pedaço do eleitorado de Aécio pode ficar tentado a despejar votos em Marina, na expectativa de liquidar o jogo no primeiro tempo. Por isso, a exemplo de Dilma, o presidenciável tucano também não pode se dar ao luxo de ignorar Marina.

Nas considerações finais do debate desta segunda-feira, Aécio disse que a corrida presidencial envolve “dois campos políticos”, não três. De um lado, o “governismo”. Do outro, a infantaria “das mudanças”. Deu de barato que Dilma perderá a eleição. E bateu em Marina com a suavidade que o favoritismo dela exige: “Acredito nas boas intenções da Marina, mas ela não consegue superar as enormes contradições… Defende hoje teses que combatia há pouco tempo.”

Para infortúnio de Aécio, Marina repete agora um discurso que começara a entoar na sucessão de 2010. Diz que, na economia, quer restaurar o tripé macroeconômico instituído em 1999, sob FHC: metas de inflação, câmbio flutuante e superávit nas contas públicas. Tem do seu lado um dos pais do Real, André Lara Rezende. E soa mais realista do que o PSDB ao encampar a ideia de dar autonomia formal ao Banco Central. O discurso atucanado de Marina joga água no moinho do voto útil.

Autor da ideia de antecipar a eleição, Lula anda sumido. Diz-se que reaparecerá no Nordeste nesta semana. Ele havia relançado Dilma em 20 de fevereiro de 2013, em São Paulo, num seminário comemorativos dos dez anos do PT. Respondendo a ataques que Aécio fizera ao partido no Senado, Lula dissera: “Eles podem se preparar, podem juntar quem eles quiserem, porque se eles têm dúvidas, nós vamos dar como resposta a eles a reeleição da Dilma em 2014.”

Discursando no mesmo evento, Dilma também pisara no calo do tucanato: “Nós não herdamos nada, nós construímos.” Cinco dias depois, num seminário realizado em Belo Horizonte pelo PSDB mineiro, Fernando Henrique chamaria Dilma de “ingrata”. Ela “cospe no prato que comeu”. Passados quatro meses, a rapaziada desceu ao asfalto para restabelecer a normalidade.

Se as ruas disseram alguma coisa para Lula e Dilma foi que a democracia, tratada pelo petismo como estorvo para um governo definitivo, deveria voltar a funcionar como corretivo para a falibilidade humana. Agora, ao elevar a estatura de Marina, o eleitorado informa a FHC e ao tucanato que talvez prefira pratos limpos e uma refeição nova.

O debate promovido por UOL, Folha, SBT e Jovem Pan serviu para potencializar a nova conjuntura. Ela traz duas novidades extraordinárias: 1) quem dita o ritmo da eleição é o eleitorado, não os marqueteiros. 2) a sucessão perdeu aquele ar de mera formalidade convocada para renovar o mandato de uma candidata imbatível. Quem quiser a poltrona de presidente terá de guerrear.

Até Marina, que parece obter votos por geração expontânea, levou à vitrine um programa de governo, expondo suas ideias, contradições e inconsistências. Aécio promote divulgar o seu na semana que vem. E Dilma talvez perceba que não basta “desconstruir” a nova rival. É preciso construir-se a si própria.

No debate desta terça, a pretexto de fustigar Marina, Dilma realçou a “governabilidade” de que dispõe a sua administração. E disse recear que um eventual governo de sua rival, sem uma base partidária no Congresso, resulte em “crise institucional”. Ficou evidente que a ficha da candidata de Lula ainda não caiu. Todos os países são difíceis de governar. Mas só o Brasil, com sua governabilidade de resultado$, tornou-se inadministrável.

Fonte: Uol 

domingo, 31 de agosto de 2014

Marina repagina visual com looks improvisados

Campanha presidencial 2014 

31.ago.2014 - De acordo com reportagem do Estado de São Paulo, a candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, vem sendo lapidada aos poucos após a morte de Eduardo Campos. Ao aceitar ser candidata, Marina topou abrir três exceções às quais tinha dito não na posição de vice: retocou os cabelos brancos, fez a sobrancelha e aceitou incluir uma maquiadora na comitiva. Na imagem à esquerda (do dia 28 de junho), Marina ainda aparece de cabelos brancos e sobrancelha por fazer, além de olheiras visíveis. À direita, Marina aparece diferente durante entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, realizada no dia 27 de agosto
 
Quando o estilista Ricardo Almeida soube da morte de Eduardo Campos, ele fez questão de não cobrar os ternos sob medida encomendados pelo candidato. Eles seriam usados durante a campanha, especialmente nas gravações do horário eleitoral gratuito. Enquanto o guarda-roupa de Campos havia sido bem calculado, o de Marina Silva, alçada de repente a protagonista da campanha à Presidência da República, vem sendo improvisado e lapidado aos poucos.

De pronto, ela topou abrir três exceções às quais tinha dito não na posição de vice: retocou os cabelos brancos, fez a sobrancelha e aceitou incluir uma maquiadora na comitiva. As olheiras, que dão um ar de cansaço, foram atenuadas. Alérgica a maquiagem, ela sucumbiu à base, ao corretivo e ao rímel, dando exclusividade, segundo uma assessora, à marca MAC. O batom, que incha seus lábios, ela substitui por um gloss caseiro que inventou, à base de beterraba e açúcar.

O estilista mineiro Ronaldo Fraga, com quem Marina tem uma relação antiga, ficou de enviar umas peças para a candidata, mas não agora, já que está em Londres.

Assim, nessa largada da corrida presidencial, Marina está vestida de Marina. Um pouco porque ainda não conseguiram montar um novo guarda-roupa com o qual concorde e se sinta à vontade. E outro tanto porque, como ela propõe uma nova política, não seria estratégico se "fantasiar" de executiva como fazem as mulheres da "velha política".

"Marina se manteve fiel ao estilo evangélico e passa a imagem de mulher honesta, que escolhe as roupas de acordo com sua ideologia política e de sua realidade religiosa", avalia João Braga, professor de História da Moda.

"Ela é muito chique!", diz a empresária Alice Ferraz, criadora da rede de blogs de moda F Hits. "É magra, usa roupas acinturadas, pouca maquiagem, está sempre com peças de linho, algodão, renda, além dos maxicolares que transmitem brasilidade. Sua imagem representaria muito bem o Brasil no exterior."

Nas redes sociais, no entanto, a aparência de Marina vem sendo bombardeada pelas guerrilhas online do PT e do PSDB.

Penteado

Em contrapartida, seus correligionários lançaram uma campanha no Facebook com a hashtag CoqueTaNaModa, em que aparecem fotos de jovens imitando o penteado da candidata. Só que a ação, por enquanto, não vingou.

Veja quem os famosos apoiam na eleição para presidente de 2014

A atriz Leandra Leal --que apoiou a criação da Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, no ano passado-- gostou do desempenho da candidata do PSB no primeiro debate à Presidência da República. "Marina Silva segura, mandou muito bem na primeira pergunta, chamou para si as manifestações de junho", escreveu no Twitter Divulgação
 
A consultora e editora de Moda Regina Guerreiro, entretanto, acredita que Marina deveria adotar um visual mais "imponente". "Ela precisa de um visual mais imponente. Se não, ela passa a ideia da coitadinha, que usa o xalezinho porque sente friozinho."

Quando Eduardo Campos deu a entrevista no Jornal Nacional, um dia antes de sua morte, ele estava com cara de presidente. Passou a usar o cabelo penteado para trás com gel e, não por acaso, adotou o mesmo estilista que repaginou Lula durante a campanha de 2002.

Na época, os ternos de Ricardo Almeida, as camisas claras com colarinho francês e a barba aparada ajudaram Lula a desfazer a imagem de metalúrgico radical e raivoso.

Dilma também foi repaginada. Fez uma plástica com o cirurgião Renato Vieira em 2008 e deu uma bela modernizada no corte de cabelo desde que virou cliente de Celso Kamura. Permite-se ousar nos tons vivos, como o vermelho de seu partido, o azul royal e o verde bandeira.

Para se afastar do visual de playboy, Aécio Neves deixou o cabelo mais curto e aderiu ao jeans e à camisa branca. "O terno que ele exibiu no último debate era da qualidade dos que ele costumava usar", observa a consultora de moda Bia Paes de Barros. "O tom de cinza claro não favoreceu a sua pele", detalhou. As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".

FONTE: Uol

sábado, 30 de agosto de 2014

Dilma entende pouco de economia. Perdeu credibilidade.


Agora vejo o motivo pelo qual a presidente Dilma Roussef não conseguiu obter grau de pós-graduação na Unicamp: ela entende pouco de economia. E mesmo de números. Disse no debate de ontem (26/8), na Band, que o Brasil “quebrou três vezes” no governo do PSDB. De onde tirou tal falsidade?

O Brasil estava em moratória desde o final do governo Sarney (será que é a isso que ela se refere quando diz “quebrado”). Desde quando assumi o ministério da Fazenda, no governo Itamar, começamos a refazer a credibilidade do país. Em outubro de 1993 assinamos uma renegociação da dívida externa e voltamos aos mercados internacionais. Fizemos em 1994 o Plano Real, sem apoio do FMI, e erguemos a economia. Começava o período de construção da estabilidade, que durou todo meu primeiro mandato, passando por crises bancárias, Proer, renegociação das dívidas dos estados e municípios etc.

No início do segundo mandato, depois das consequências da crise da Ásia (1997), da crise argentina e toda sorte de dificuldades externas e internas –graças a atos políticos irresponsáveis da oposição e à incompletude do ajuste fiscal – sofremos forte desvalorização cambial em janeiro de 1999, apesar de havermos assinado em 1998 um acordo de empréstimo com o FMI (será que é isso que a Presidente chama de “quebrar o país?). A inflação não voltou, apesar das apostas em contrário, e antes do fim do primeiro semestre de 1999 já havíamos recuperado condições de crescimento, tanto assim que em 2000 o PIB cresceu 4,7%.

Nova dificuldade financeira, a despeito das restrições na geração de energia, só ressurgiu no segundo semestre de 2002. Por que? Devido ao “efeito Lula”: os mercados financeiros mundiais e locais temiam que a pregação do PT fosse para valer. Sentimos o efeito inflacionário (os 12% a que a Presidente sempre se refere, que devem ser postos à conta do PT). Aí sim, recorremos ao FMI, mas com anuência expressa de Lula e para permitir que seu governo reagisse em 2003, como fez. Do empréstimo, 20% seriam para usar no resto de meu mandato e 80% no de Lula… Não houve interrupção do fluxo financeiro internacional, nem quebradeira alguma.

É mentira, portanto, que o governo do PSDB tenha quebrado o Brasil três vezes. Por essas e outras, o governo Dilma Roussef perdeu credibilidade: em vez de informar, faz propaganda falsa.


NOTA:

Não estou fazendo propaganda para o PSDB de FHC, mas dá um prazer danado ver alguém desmoralizando esta tirana. O bom mesmo é ver que o "bicho está pegando".

Datafolha traz Dilma e Marina consolidadas

Polarizou

BRASÍLIA - O dado mais relevante da pesquisa Datafolha realizada nos dias 28 e 29 de agosto é a consolidação, neste momento, de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) como as primeiras colocadas na disputa presidencial. Elas estão empatadas com 34% de intenções de voto cada uma.

Nunca nas eleições diretas para presidente da República pós-ditadura militar, nesta fase da campanha, os dois protagonistas isolados foram de partidos cujas origens estão na esquerda do espectro político.

A eleição é em 5 de outubro. Restam pouco mais de 30 dias para uma reversão do quadro. Se isso não ocorrer, pela primeira vez o Brasil não terá um legítimo representante do centro ou da direita entre os dois finalistas na disputa presidencial.

Aécio Neves (PSDB) e seus 15% de intenção de voto empurram os tucanos para fora do protagonismo do debate político nacional depois de mais de duas décadas. Essa tendência foi vista logo depois da morte de Eduardo Campos, na pesquisa realizada pelo Datafolha nos últimos dias 14 e 15. No início desta semana, o Ibope mostrou a onda pró-Marina. Agora, o Datafolha confirma o que pode ser a cristalização do quadro.

Não é incomum haver viradas de última hora em eleições. É sabido também que os eleitores tendem a prestar mais atenção nos comerciais apenas na primeira semana do horário eleitoral (que já passou) e nos últimos cinco ou dez dias.

A janela de oportunidade para Aécio será, portanto, no final de setembro. É impossível saber com precisão quais são as chances do tucano. Ou quais vulnerabilidades novas Dilma e Marina poderão apresentar.

Hoje, o fato indisputável é que se instalou uma nova polarização na política brasileira. O PT, quem diria, virou o velho. Marina e o PSB sequestraram para si o vago conceito de "nova política". Espremido, o PSDB parece perdido e não sabe como se encaixar nesse cenário.



Fonte: Datafolha traz Dilma e Marina consolidadas
Fernando Rodrigues é repórter em Brasília. Na Folha, foi editor de 'Economia' (hoje 'Mercado'), correspondente e em Nova York, Washington e Tóquio. Recebeu quatro Prêmios Esso (1997, 2002, 2003 e 2006). Escreve quartas e sábados.
fernando.rodrigues@grupofolha.com.br 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Petistas já temem vitória de Marina no primeiro turno


Após a divulgação da pesquisa Datafolha, integrantes do comando petista reconheceram, nesta sexta-feira (29/08), o medo da vitória de Marina Silva (PSB) ainda no primeiro turno. 
Os petistas temem a migração de votos hoje destinados ao tucano Aécio Neves para Marina. Nesse caso, os eleitores contrários à reeleição de Dilma Rousseff praticariam o chamado voto útil ao trocar Aécio por Marina.

A pesquisa Datafolha finalizada nesta sexta (29) mostra a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra Marina Silva (PSB) numericamente empatadas na simulação de primeiro turno da eleição presidencial. Cada uma tem 34% das intenções de voto. 

No teste de segundo turno, Marina seria eleita presidente da República com dez pontos de vantagem em relação à rival: 50% a 40%. 

Os dados mostram fortalecimento da candidatura Marina. Em relação ao levantamento anterior do Datafolha, ela apresenta melhor desempenho nas simulações de primeiro e de segundo turno -a pesquisa antecedente foi feita imediatamente após a morte de Eduardo Campos, o candidato que encabeçava a chapa do PSB. 

No intervalo de duas semanas entre os dois levantamentos, Marina cresceu 13 pontos no teste de primeiro turno. Dilma oscilou 2 para baixo.

Marina empata com Dilma na corrida presidencial, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha finalizada nesta sexta (29) mostra a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra Marina Silva (PSB)
numericamente empatadas na simulação de primeiro turno da eleição presidencial. Cada uma tem 34% das intenções de voto.

No teste de segundo turno, Marina seria eleita presidente da República com dez pontos de vantagem em relação à rival: 50% a 40%.

Os dados mostram fortalecimento da candidatura Marina. Em relação ao levantamento anterior do Datafolha, ela apresenta melhor desempenho nas simulações de primeiro e de segundo turno –a pesquisa antecedente foi feita imediatamente após a morte de Eduardo Campos, o candidato que encabeçava a chapa do PSB.

No intervalo de duas semanas entre os dois levantamentos, Marina cresceu 13 pontos no teste de primeiro turno. Dilma oscilou 2 para baixo.

No embate final contra a petista, onde antes havia empate técnico no limite máximo da margem de erro, Marina foi de 47% para 50%, enquanto Dilma recuou de 43% para 40%.

O candidato do PSDB, Aécio Neves, caiu de 20% para 15% na simulação de primeiro turno. Num confronto final contra Dilma, ele perderia por 48% a 40%.

Juntos, todos os outros candidatos à Presidência somam 3%. Eleitores que pretendem votar nulo ou em branco totalizam 7%. Outros 7% estão indecisos.

O Datafolha também investigou as taxas de aprovação e reprovação do governo Dilma. Eleitorem que julgam a administração boa ou ótima são 35% ante 38% na pesquisa anterior. A avaliação negativa (ruim ou péssimo) subiu de 23% para 26%. A taxa de regular oscilou de 38% para 39%.

O instituto ouviu 2.874 eleitores em 178 municípios nesta sexta e na quinta (28). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Significa que em 100 levantamentos com a mesma metodologia, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95 ocasiões.
Fonte: Uol

Entrevista de Marina Silva no JN

Marina Silva em entrevista para a GloboNews

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Marina critica polarização e diz que vai responder sobre jato de Campos no 'JN'


A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, criticou nesta quarta-feira (27) a polarização dos últimos 20 entre PT e PSDB. A ex-senadora afirmou que os dois partidos perderam a "capacidade de se escutar e de escutar a sociedade brasileira". De acordo com a candidata, as pessoas estão "ávidas por distensionar o país".

Questionada ao desembarcar no aeroporto Santos Dumont, no Rio, se poderia adiantar a resposta que pretende dar em rede nacional sobre o avião da campanha do PSB que caiu e levou à morte do presidenciável Eduardo Campos e de outras seis pessoas, Marina limitou-se a dizer que "na hora em que ele [William Bonner, apresentador do JN] me perguntar eu darei a resposta".


De acordo com reportagem do "JN", exibida nesta terça-feira (26), o avião usado por Campos foi pago por meio de empresas fantasmas. O "JN" mostrou que, entre as empresas, estão a peixaria Geovane Pescados, a RM Construtora -que funciona numa casa no Recife (PE)- e a Câmara & Vasconcelos, cuja sede é uma sala vazia.

Marina chegou ao aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, no final da manhã. À noite, ela participa de entrevista na bancada do "Jornal Nacional", da TV Globo. Marina e sua equipe de campanha chegaram ao Rio de São Paulo em um voo de carreira.

A candidata não tem agendas durante a tarde e irá se preparar para a entrevista na bancada do "JN" em um hotel na cidade, cujo nome não foi divulgado por sua assessoria de imprensa. 

PESQUISA E DEBATE

Questionada sobre o resultado da última pesquisa do Ibope, que a colocou em primeiro lugar num eventual segundo turno, e também sobre a avaliação que fez sobre seu desempenho no debate de terça, na TV Bandeirantes, Marina evitou fazer comentários pontuais e preferiu usar suas respostas para reafirmar convicções de campanha.

Disse que o retorno que teve sobre o debate foi que as pessoas que assistiram gostaram do que ela chamou de coerência de dizer que sua candidatura não quer o embate e sim "discutir o Brasil e uni-lo em torno de ideias". Sobre a pesquisa, afirmou que pretende manter a trajetória de crescimento nas intenções de voto "tratando com muito respeito os cidadãos e cidadãs brasileiras".

Segundo Marina, a sociedade não está disposta a romper com todas as referências de governos passados e começar tudo do zero. Em sua avaliação, o desejo geral é que o que foi feito de bom em mandatos passados seja preservado e ampliado.

"Infelizmente, nos últimos 20 anos essa polarização fez com que eles [PT e PSDB] perdessem a capacidade de se escutar e escutar a sociedade brasileira. A sociedade não está mais na frequência de negar tudo e começar do zero. As pessoas querem que os acúmulos sejam preservados para que eles possam ser ampliados", disse a jornalistas na saída do aeroporto.

A candidata voltou a afirmar que, se eleita, vai buscar nos quadros de outros partidos nomes que estão "no banco de reservas" para compor seu governo, sem, contudo, citar nomes. Ela prometeu governar com os melhores e disse que pessoas boas podem sem encontradas em todos os partidos, nas empresas, no chamado empreendedorismo social e na juventude.

Marina disse ainda que o Brasil terá uma agenda que não poderá ser mudada com as futuras trocas de governo. A candidata comparou o momento do Brasil deste século com o dos Estados Unidos do século passado, uma potência emergente que tem "vantagens comparativas" em relação aos países desenvolvidos.

"O Brasil está para o século vinte um assim como os Estados Unidos estiveram para o século vinte: um país jovem competindo com países de cultura milenar que soube usar para os padrões do século vinte as vantagens 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

‘Nós queremos o debate, não o embate’, diz Marina



Marina Silva, candidata à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, realizou neste sábado (23) seu primeiro ato público de campanha após a oficialização de sua candidatura com uma grande caminhada no bairro Casa Amarela, zona norte da do Recife. Acompanhada por seu candidato a vice, Beto Albuquerque, e pelo candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara, visitou a capital pernambucana em homenagem a Eduardo Campos e foi recebida calorosamente pela população.


Marina caminhou pelas ruas do bairro por cerca de uma hora e meia, sempre aclamada pelos moradores que entoavam músicas de apoio e gritos de guerra, com os quais relembravam de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no último dia 13. Marina e Beto tiraram fotos e conversaram com moradores, escutaram suas demandas e seguiram até o ponto final do trajeto, em um centro comercial bastante popular no bairro.

Em discurso para a população local, os candidatos reafirmaram os compromissos da coligação com o Estado de Pernambuco, com o Nordeste e com o Brasil. Marina defendeu a importância de o eleitor brasileiro fazer uma nova escolha política e reiterou que há alternativas para melhorar o país. “A reforma política começa agora. Vamos dar um basta na lógica de que quem decide o futuro do Brasil são as velhas estruturas”, disse. “Quem vai ganhar esta eleição é a nova postura do cidadão brasileiro.”

“A renovação da política no Brasil não será obra apenas dos partidos, mas principalmente  da sociedade brasileira”, declarou.  O importante, disse, é apresentar propostas e debatê-las: “Nós queremos o debate, não o embate”.

A candidata reafirmou as bases que sustentam sua plataforma de governo, construída de forma colaborativa com a participação dos eleitores e de especialistas em todos os temas de relevância para a sociedade.  “Vamos governar em cima do programa que trabalhamos com seis mil pessoas em diversas plataformas na internet, em seminários regionais e temáticos, para discutir infraestrutura, saúde, educação, para discutir como nossa agricultura pode ser vigorosa, aumentando a produção. Este é o sonho de todos aqueles que querem ver o Brasil crescer com justiça social e respeito”, disse Marina, para um público estimado em mais de 5 mil pessoas.

Para a candidata, é importante manter as políticas sociais que ajudam a construir o presente e o futuro do País e, ao mesmo tempo, investir em mais igualdade de oportunidades. “Precisamos ter inclusão produtiva, investindo em educação, para que jovens tenham formação técnica e os empreendedores de comunidades locais tenham apoio ao pequeno negócio”, completou.

Ouça o discurso de Marina: http://bit.ly/1tEvCsb

Ouça a entrevista de Marina: http://bit.ly/1t2GNy7