Câmara dos Deputados
Notícia da edição impressa de 17/01/2017. Alterada em 16/01 às 21h37min
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), deu um prazo de 10 dias para que o presidente da Câmara,
deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), se manifeste sobre uma ação do deputado
André Figueiredo (PDT-CE), que deseja que o Supremo impeça a
possibilidade de reeleição de Maia à presidência da Câmara. A eleição
está marcada para o dia 2 de fevereiro.
De plantão no Supremo durante o recesso do Judiciário, Cármen pediu
urgência no ofício encaminhado a Maia na sexta-feira passada, mas não
deu indicativo no despacho sobre se tomará alguma decisão no processo -
que chegou ao Supremo já no recesso - ou se encaminhará as respostas ao
ministro relator, Celso de Mello, para que ele decida após o recesso. No
plantão, ela ainda tem a possibilidade de decidir pautar a discussão
para a primeira sessão do pleno do STF após o recesso, 1 de fevereiro,
um dia antes da eleição na Câmara.
Na peça, o deputado André Figueiredo - também pré-candidato à
presidência da Câmara - afirma que a candidatura de Maia fere o artigo
57 da Constituição Federal, que veda reeleição para presidentes do
Legislativo dentro do mesmo mandato parlamentar.
Cabe ao STF decidir se, devido ao fato de a primeira eleição de
Maia ter sido feita para um mandato-tampão, a reeleição estaria
cumprindo a Constituição ou não.
Rodrigo Maia e aliados têm afirmado que não há descumprimento da
Constituição nem das normas internas da Câmara. Ainda antes do recesso, o
partido Solidariedade já havia feito pedido semelhante ao de André
Figueiredo, e o relator, Celso de Mello, solicitou informações à Câmara,
que ainda não respondeu ao STF.
Eleição é uma 'questão interna', afirma Rodrigo Maia
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
disse, ontem em São Paulo, que a eleição para a presidência da Casa não
depende de aval do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma crítica direta
a adversários que querem que a Suprema Corte vete a sua candidatura.
Segundo Maia, é "inconstitucional" a sugestão de adiar para 10 de fevereiro a eleição na Câmara, marcada para o dia 2.
A
ideia foi lançada pelo PTB, que tem como candidato à presidência da
Casa o deputado Jovair Arantes (GO). O partido e outros adversários dos
DEM consideram que a candidatura de Maia depende de uma decisão do STF,
já que ele foi eleito para um mandato-tampão após a renúncia do
ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e não poderia ser reconduzido ao
cargo na mesma legislatura.
Para Maia, o pleito na Câmara é
uma questão interna. "Deputados e deputadas têm reclamado da influência
do STF (no Congresso), então, essa é uma questão a ser decidida
internamente, quem tiver voto vence", disse Maia.
O principal
argumento dos adversários do presidente da Câmara é o artigo 57 da
Constituição, que veda a reeleição de presidentes do Legislativo no
mesmo mandato.
Maia afirma, contudo, que não há previsão para
casos como o dele, de eleitos para mandatos-tampões, e faz uma
comparação com a reeleição de parlamentares. "Você não encontra na lei
brasileira que é possível a reeleição de deputados, senadores e
vereadores, mas eles são reeleitos", diz o democrata.
As
declarações foram dadas após Maia participar de reunião na Câmara
paulistana com o presidente, Milton Leite (DEM), 12 vereadores e alguns
deputados federais, como Beto Mansur (PRB-SP).
Geraldo Alckmin recebe democrata e reforça neutralidade
Após receber, no Palácio dos Bandeirantes, o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), reiterou que não quer interferir na disputa para
a presidência da Câmara, na qual Maia tentará a reeleição, mas disse
que o democrata foi bem "nos poucos meses em que presidiu" a Casa.
Maia
é o segundo candidato à presidência da Câmara a ser recebido por
Alckmin no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. O
primeiro encontro ocorreu na semana passada, com Jovair Arantes
(PTB-GO), no qual o governador paulista também fez questão de mostrar
neutralidade em relação à disputa. Alckmin também deve receber um
terceiro candidato, o deputado Rogerio Rosso (PSD-DF).
Assim como na reunião com Arantes, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), também estava presente no encontro.
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