TSE recebe relatório de buscas em gráficas da campanha Dilma-Temer
Sob sigilo
O Tribunal Superior
Eleitoral recebeu nesta quarta-feira (18/1) o relatório sobre as
diligências feitas em três gráficas que prestaram serviços à chapa da
presidente cassada Dilma Rousseff (PT) e do presidente Michel Temer
(PMDB), durante a campanha eleitoral de 2014, e de empresas
subcontratadas. O relatório está sob sigilo, mas as partes estão sendo
intimadas para ciência. Também foram marcadas audiências para oitivas de
mais cinco testemunhas.
Ação do PSDB pede a revisão das contas de campanha da chapa Dilma-Temer de 2014. Jefferson Rudy/Agência SenadoA ação foi determinada pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral,
ministro Herman Benjamin, em dezembro do ano passado. A decisão do
ministro foi motivada pelo relatório entregue pela força-tarefa,
liderada pelo TSE, que analisou as informações obtidas com a quebra dos
sigilos bancários das gráficas VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior,
Focal Confecção e Comunicação Visual, Rede Seg Gráfica Eireli e dos
sócios.
As diligências foram feitas em, aproximadamente, 20 locais
de três estados (Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina). O trabalho
se ateve às questões eleitorais, seguindo a determinação do ministro
corregedor, que também decretou a quebra do sigilo fiscal de cerca de 15
pessoas físicas e jurídicas, que “demonstraram indícios de
irregularidades nos dispêndios eleitorais”. Os nomes não foram
divulgados.
Em outubro,
Herman Benjamin determinou a quebra do sigilo bancário das três
investigadas e de seus sócios. A medida foi tomada depois que peritos do
TSE analisaram contas e concluíram que as empresas não comprovaram a
entrega dos produtos e serviços contratados pela coligação.
Análise das contas Em dezembro de 2014, as contas de campanha da então presidente Dilma
Rousseff e seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas, por
unanimidade, no TSE. O processo, no entanto, foi reaberto depois que o
PSDB questionou a aprovação.
Para os tucanos há irregularidades
nas prestações de contas apresentadas pela chapa vencedora em 2014. Na
semana passada, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, disse que o
processo em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer poderá ser
julgado pela corte ainda no primeiro semestre de 2017.
Julgamento em 2017 No último dia 13 de dezembro,
o ministro Herman Benjamin informou que as ações que investigam a chapa
Dilma-Temer só estarão prontas para serem julgadas no início de 2017.
São quatro processos ao todo.
Um deles é uma ação de impugnação,
outras duas são ações de investigação, e há ainda uma representação
contra os políticos. Todos os questionamentos tratam de suposto
recebimento de dinheiro desviado da Petrobras.
De acordo com os
autores das ações, doadores de campanha assinaram contratos
superfaturados com a estatal e destinavam uma parte a partidos
políticos. As mesmas acusações estão sendo investigadas pela operação
“lava jato”.
O ministro Herman Benjamin explicou que o cronograma
foi traçado com base na complexidade dos processos e também porque a
apuração ainda não terminou. Segundo o relator, 37 testemunhas foram
ouvidas. Com informações da Assessoria de Imprensa do TSE.
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