Os alvos de Eike
O Antagonista concorda com Lauro Jardim (e vem repetindo isso desde ontem):
“Quem mais teme uma provável delação premiada de Eike Batista é o PT – Lula e Dilma Rousseff à frente”.
A
Lava Jato já sabe tudo sobre os pagamentos de propina a Sérgio Cabral.
Os pagamentos de propina aos petistas, por outro lado, ainda precisam
ser denunciados.
Cármen Lúcia já pode homologar
60 dos 77 delatores da Odebrecht já foram ouvidos pelos auxiliares de Teori Zavascki, disse o G1. Cármen Lúcia deve homologar o acordo com a empreiteira nos próximos dias.
60 dos 77 delatores da Odebrecht já foram ouvidos pelos auxiliares de Teori Zavascki, disse o G1. Cármen Lúcia deve homologar o acordo com a empreiteira nos próximos dias.
O delator Marcelo Odebrecht
Marcelo Odebrecht, às 9 horas, será ouvido pelo juiz auxiliar de Teori Zavascki.
Em seguida, Cármen Lúcia deve homologar o acordo com a empreiteira.
Diz o Valor:
“A
saída discutida ontem nos bastidores do STF para o imbróglio deixado
com a morte trágica do ministro Teori Zavascki passa pela homologação
das delações da Odebrecht pela ministra Cármen Lúcia, ainda durante o
recesso”.
Na tentativa de destravar seu acordo com a Lava Jato, parado desde o fim do ano passado, o marqueteiro João
Santana afirmou, em roteiro para sua delação premiada, que ele e a
mulher, Mônica Moura, receberam recado da então presidente Dilma
Rousseff de que seriam presos.
Em fevereiro de 2016, quando foram alvo da 23ª fase da Lava Jato, Santana e Mônica estavam na República Dominicana, onde comandavam a campanha presidencial para a reeleição de Danilo Medina.
Após receberem o mandado judicial, embarcaram para o Brasil e se
entregaram na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde passaram quase
seis meses presos.
Segundo a Folha apurou, o publicitário baiano resolveu incluir o relato que implica Dilma
no plano de sua delação como uma espécie de trunfo, já que os
procuradores da Lava Jato travaram as negociações com seus advogados.
Pessoas com acesso às investigações afirmaram à reportagem que Santana
diz ter sido avisado de sua prisão por um aliado de Dilma, a pedido da
então presidente, com quem o publicitário tinha uma relação de amizade.
Santana e Mônica saíram da prisão no início de agosto, após pagarem
fiança de mais de R$ 31 milhões. Ainda na carceragem, começaram a
negociar um acordo com a força-tarefa, temendo permanecerem presos após
uma possível condenação.
Procuradores ouvidos pela Folha reservadamente relataram que, até
o momento, os fatos contados pelo marqueteiro e sua mulher não
despertaram interesse da Procuradoria-Geral da República e da
força-tarefa de Curitiba.
Os investigadores alegam que os detalhes dos pagamentos feitos pela
Odebrecht no exterior para o casal, por exemplo, já foram esclarecidos
em depoimentos de executivos da empreiteira e, portanto, esperam que a
delação do marqueteiro e de sua mulher sejam mais abrangentes, com
inclusão de fatos novos.
Desde o início deste ano a defesa de Santana e Mônica não conseguiu
agendar audiências com integrantes do Ministério Público Federal para
tentar retomar as negociações.
Ex-integrantes do governo da petista dizem que, caso Dilma tenha
realmente alertado Santana sobre sua prisão, o fez com base em "boatos"
que, segundo eles, "estavam fortes na época".
OUTRO LADO
Procurado pela Folha, José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma e
ministro da Justiça na época da prisão de Santana e Mônica, afirmou que
nem ele nem a então presidente tinham "informações privilegiadas sobre
as investigações" e que, portanto, o relato "não procede".
Já os advogados de Santana e Mônica não quiseram se manifestar sobre o tema.
A PRISÃO
Em 12 de fevereiro de 2016, a Folha revelou que a Lava Jato
investigava indícios de pagamentos feitos pela Odebrecht em contas de
Santana na Suíça e, uma semana depois, o juiz Sergio Moro negou aos
advogados do marqueteiro acesso aos autos que faziam referência e ele.
De acordo com petistas, o ato de Moro "levantou a tese" de que Santana
estava mesmo sendo investigado e que, portanto, poderia ser preso.
A prisão do casal, responsável pelas campanhas presidenciais do PT em 2006 (Lula), 2010 e 2014 (Dilma) veio 11 dias depois.
A principal acusação era que Santana e Mônica receberam US$ 7,5 milhões
no exterior de Zwi Skornicki, lobista de um estaleiro que tem negócios
com a Petrobras, e de offshores ligadas à Odebrecht. Segundo Moro,
Mônica sabia que os recursos recebidos eram de origem ilícita.
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