quarta-feira, 18 de junho de 2014

O áudio revela um estranho efeito do medo de vaia: Dilma achou que era Elizabeth II

A mais recente internação recomendada pelo jornalista Celso Arnaldo Araújo merece ser reproduzida no Direto ao Ponto. Confira:

“Por último, eu queria pedir a vocês que todos nós nos levantássemos e cantássemos parabéns para o senhor Ban Ki-moon. Queria cumprimentá-lo, juntamente com a senhora Ban Sun-taek. Vamos cantar Parabéns pra Você, cada um na sua língua”.

Dilma Rousseff, durante almoço oferecido aos chefes de estado e de governo presentes à Copa, ao usar o nome do secretário-geral da Organização das Nações Unidas para propor um brinde à Torre de Babel — antes de entoar Happy Birthday homenageando Joel Santana.

Parece mentira, mas aí está o áudio para provar que a presidente assassinou em inglês a musiquinha que cada um dos presentes deveria cantar no idioma natal. A maluquice demonstra que medo de vaia pode até induzir o portador a mudar de país, de identidade e de cargo. Apavorada com o que ouviria no Itaquerão, a presidente que o  marqueteiro João Santana promoveu a rainha deve ter achado que era Elizabeth II. 

A desmoralização dos pitbulls da grande mídia

"Com todas as críticas que a imprensa possa sofrer, julgo que a liberdade de expressão é algo que deva ser, sempre, cultuado e defendido.  A democracia sofre abalos diante de ataques como o da matéria encaminhada, pois são oriundos de um vice-presidente de um dos maiores partidos políticos do Brasil. 
LAGO NETO"
 
Três vezes derrotados nos pleitos presidenciais, por Lula e Dilma e o PT, os setores elitistas albergados na grande mídia ao se verem na iminência do quarto revés eleitoral foram ao desespero.

Diurtunamente lançam vitupérios, achincalhes e deboches contra os avanços do país visando desgastar o governo federal e a imagem do Brasil no exterior. Inimigos que são das políticas sociais, políticas essas que visam efetivamente uma maior integração entre todos os brasileiros pregam seu fim.

“A hora é de renovar as esperanças e acreditar no Brasil”.

Profetas do apocalipse político eles são contra as cotas sociais e raciais; as reservas de vagas para negros nos serviços públicos; as demarcações de terras indígenas; o Bolsa Família, o Prouni e tudo o mais.

Divulgadores de uma democracia sem povo apontaram suas armas agora contra o decreto da presidência da república que amplia a interlocução e a participação da população nos conselhos para melhor direcionamento das políticas públicas.

Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores  reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo.

Os arautos do caos, prevendo e militando insistentemente pelo fracasso do mundial – tendo inclusive como ponta de lança a revista Veja, previsto que os estádios só ficariam prontos depois de 2022, assistem hoje desolados e bufando a extraordinária mobilização popular e o entusiasmo do povo brasileiro pela realização da denominada acertadamente de a Copa das Copas.

O subproduto dos pitbulls do conservadorismo teve seu ápice nos xingamentos torpes e vergonhosos à presidenta Dilma na abertura da copa, na Arena Corinthians. Verdadeiro gol contra, o repúdio imediato de amplas parcelas dos brasileiros e brasileiras ao deprimente espetáculo dos vips demonstra que a imensa maioria da população abominam essa prática.

Desnudam-se os propagadores do ódio. A hora é de renovar as esperanças e acreditar no Brasil!
 
Por Alberto Cantalice
16/06/2014 - 16h01

Alberto Cantalice é vice-presidente nacional do PT e coordenador das Redes Sociais do partido

terça-feira, 17 de junho de 2014

Falta dinheiro para pagar restituição do IRPF, dizem especialistas

Receita abre hoje consulta ao primeiro lote de devoluções do Imposto de Renda. Valor liberado, de R$ 1,95 bilhão, é 28% menor que o computado em igual período de 2013


A partir das 9h desta quarta-feira, os contribuintes podem consultar no site da Receita Federal ou nos aplicativos do órgão para tablets ou smartphones se estão contemplados no primeiro lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), referente ao ano calendário de 2013. Ao todo, 1.305.668 pessoas receberão R$ 1,95 bilhão, o segundo menor valor liberado desde 2011, quando começou o governo da presidente Dilma Rousseff.
O valor frustrou o mercado, que esperava um novo recorde como forma de o governo dar mais um estímulo na combalida economia (que cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano). O montante ficou 28% abaixo dos R$ 2,7 bilhões referentes ao primeiro lote do exercício de 2013.

Para os especialistas, o governo está com dificuldades para fechar as contas. “Esse valor abaixo do esperado, apesar do grande interesse em estimular a atividade econômica via consumo, mostra que o orçamento fiscal anda meio apertado”, avaliou o economista Thiago Biscoula, da RC Consultores.

 CORREIO BRAZILIENSE 
Rosana Hessel Publicação: 11/06/2014 06:04 Atualização: 11/06/2014 09:07

O ministro Joaquim Barbosa decidiu se afastar das relatorias de todas as execuções penais do mensalão

De saída do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Joaquim Barbosa decidiu nesta terça-feira (17) se afastar das relatorias de todas as execuções penais do mensalão e dos demais processos vinculados à ação penal 470.
 
Em documento datado desta terça, Barbosa diz que''vários advogados'' que atuam nas execuções penais do mensalão deixaram de se valer de argumentos jurídicos e passaram a atuar ''politicamente'', na esfera pública, com insultos pessoais contra o relator.

''Assim, julgo que a atitude juridicamente mais adequada neste momento é ''afastar-me da relatoria de todas as execuções penais oriundas da AP470", escreveu Barbosa.

Primeiro negro a presidir o STF, Barbosa ganhou fama como o relator que conduziu o julgamento do mensalão, que levou a antiga cúpula do PT, incluindo o ex-ministro José Dirceu, à prisão. O resultado do julgamento tornou Barbosa popular a ponto de receber aplausos na rua e alimentou especulações sobre suas ambições políticas.

O ministro passou a ser alvo de críticas cada vez mais abertas de advogados e de movimentos ligados ao PT e ao governo, principalmente após impedir que os condenados do mensalão em regime semiaberto tivessem direito ao trabalho externo entre eles, o petista Dirceu.

No dia 29 de maio, Barbosa antecipou sua aposentaria e anunciou que deixará o tribunal no final de junho. Barbosa deixa o cargo após 11 anos no tribunal e antes de completar o mandato de dois anos como presidente, que iria até novembro. Ele poderia continuar ministro até a aposentadoria compulsória, prevista para 2024, quando completará 70 anos de idade. 

FONTE: Uol

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Quem não tem motivos para merecer xingamentos, recebe afagos

 Chanceler alemã parabeniza jogadores no vestiário e não escapa de “selfie”

Após golearem Portugal por 4 a 0 pela estreia na Copa do Mundo, os jogadores e comissão técnica da seleção alemã receberam um visita ilustre no vestiário da Arena Fonte Nova: a chanceler do país Angela Merkel.

A “mulher-forte'' do governo alemão desceu das arquibancadas para parabenizar os atletas e acabou posando para fotos com o elenco. Já o atacante Lukas Podolski quis algo mais pessoal e tirou uma “selfie'' com a líder política.

“Ela deu uma pequeno discurso. Disse que gostou muito da nossa vitória, ainda mais depois da longa viagem que teve para vir aqui. Nós achamos sempre legal que ela venha até os vestiários. É uma gesto bacana'', comentou o treinador Joachim Löw.

A Alemanha volta a campo no próximo sábado (21), no Castelão, em Fortaleza, para enfrentar a seleção de Gana.

sábado, 14 de junho de 2014

Torcida que xingou Dilma gera discussão sobre insulto e crítica


"QUEM COM FERRO FERE, COM FERRO SERÁ FERIDO"

Impressionante como algumas pessoas criticaram a atitude daqueles que xingaram a presidente Dilma Rousseff com palavrões na abertura da Copa. Ora bolas, isso não seria nenhuma surpresa para ela. Posto que, ela sabia que não era bem vinda ali, mas sua prepotência quis impor àquelas pessoas, que até nem sofrem tanto com sua administração temerária à frente do governo petista, mas que reagiram e se indignaram com sua presença.

Ademais, a falta de educação, de civilidade e de respeito como respostas às agruras a nós brasileiros, por sua figura desumana tão odiada, são elementos infinitamente menores do que as medidas nocivas que ela nos obriga a engolir.

Não há falta de respeito maior com a população do que a falta de uma política decente no que se refere à saúde e a educação. Então presidenta, não venha à frente da televisão cobrar falta de educação. Como exemplo da falta dela, a primeira vítima da falta de educação “padrão FIFA” foi, merecidamente, V. Excia.
 
A vejamos estas duas matérias da Folha de São Paulo falando sobre este assunto:

Quem eram os brasileiros que, com entrada VIP ou ingressos muitas vezes custando acima de R$ 1.000, xingaram a presidente Dilma Rousseff com palavrões na abertura da Copa?
Mesmo sem pesquisa na porta do Itaquerão, não parece arriscado intuir. No Datafolha, é principalmente o público com renda familiar acima de dez salários mínimos.

Com 33% de aprovação, Dilma não está numa boa fase. Em São Paulo, vai ainda pior, 23%. Na cidade, 19%. E entre os paulistanos com renda alta, 11% (aí, 2 em cada 3 acham seu governo ruim ou péssimo).
Vale xingar? Liberdade de expressão ou falta de educação? É possível discutir os limites da vaia. Só não dá para dizer que, naquele Itaquerão, a ofensa foi uma surpresa.
Dilma passa a mão na cabeça de "Black Blocs" e de "Red Blocs", que não respeitam nem a propriedade privada nem a propriedade coletiva



A democracia também existe para aqueles que não fazem "mu"!
Reinaldo Azevedo - Folha de São Paulo


A presidente Dilma passa a mão na cabeça de "Black Blocs" e de "Red Blocs", que não respeitam nem a propriedade privada nem a propriedade coletiva, e se abespinha porque os "Green and Yellow Blocs" resolvem expressar a sua indignação? Palavrão em estádio? É uma luta com palavras, como outra qualquer.

Quanto tempo vai demorar para que governantes comecem a sonhar com governados à altura de sua elegância? Os Cavalcantes só se incomodam com os Cavalgados quando estes apelam ao palavrão. Já lhes ocorreu que também há regras de decoro, além da lei, para o aplauso?

Quando plateias controladas saúdam a presidente em solenidades oficiais, defendendo a sua reeleição --ou quando ela carrega candidatos a tiracolo--, não se ouve nem muxoxo. Entre a ilegalidade de exaltação e a esculhambação dentro das regras do jogo, escolho a segunda. A primeira se inscreve nos crimes impunes do poder. A outra é catarse. É preferível mandar um poderoso tomar no monossílabo tônico em "u" a sair quebrando tudo.

Dilma apelou a seu passado de torturada e disse já ter suportado coisas piores. É um mau pensamento. Tenta transformar os que a hostilizaram em cúmplices de seu sofrimento. Tudo errado! Trata-se apenas de pessoas que não gostam do seu governo. Feio e autoritário é apelar à Rede Nacional para fazer proselitismo com a Copa. O Itaquerão só provou, presidente, que a senhora governa os vivos, não os mortos. A democracia existe também para quem não faz "mu".

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Suíça abre processo penal contra ex-diretor da Petrobras por lavagem de dinheiro

Justiça suíça comunicou Ministério da Justiça sobre investigação contra Paulo Roberto Costa, que segue preso em Curitiba


SÃO PAULO - A Justiça Federal de Berna, na Suíça, comunicou às autoridades brasileiras nesta quinta-feira que abriu ação penal contra o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa por lavagem de dinheiro. Costa mantinha 12 contas na Suíça, onde estão depositados US$ 23 milhões em seu nome e US$ 5 milhões no nome de seus familiares (filhas e genros). Apenas os US$ 23 milhões foram bloqueados, já que somente Costa é processado pela Justiça brasileira, na 13ª Vara Federal Criminal do Paraná, em Curitiba. Por essa razão, o procurador federal de Lausanne, na Suíça, Luc Leimgruber, enviou documento, devidamente traduzido para o português para o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional da Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça, comunicando a abertura do processo penal contra o ex-diretor da Petrobras.

Costa foi preso novamente ontem no Rio. Ele foi transferido na manhã desta quinta-feira para a Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde permanecerá detido preventivamente por uma série de crimes incluindo lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele é acusado de pertencer à quadrilha do doleiro Alberto Youssef, suspeita de ter movimentado ilegalmente algo em torno de R$ 10 bilhões, sobretudo de negócios envolvendo empresas ligadas à Petrobras.
Um dos negócios nos quais a quadrilha ganhou dinheiro, segundo documento da Justiça do Paraná, é a Refinaria Abreu e Lima, que a estatal está construindo em Pernambuco. Parte do dinheiro bloqueado na Suíça teria vindo dos negócios com a construção da refinaria.

O procurador federal de Lausanne, na Suíça, Luc Leimgruber, explica às autoridades brasileiras que a ação penal contra Paulo Roberto Costa está sendo tocada pelo Ministério Público da Confederação Suíça por suspeitas de lavagem de dinheiro agravada (no sentido do art. 305bis al. 2 Código Penal).

O documento suíço relata, em ordem cronológica os fatos que levaram à abertura da investigação contra o ex-diretor da Petrobras, informando que "em 10 de abril de 2014, o Ministério Público da Confederação (MPC) abriu, na sequência de um anúncio do FIU suíço (Unidade Financeira de Inteligência; n. d. trad.), uma instrução penal em aplicação dos art. 309 e 24 al. 1 do Código de Processo Penal contra Paulo Roberto Costa e desconhecidos pelo crime de lavagem de dinheiro no sentido do art. 305 bis Código Penal".

Diz, na sequência, que a investigação "resulta, com efeito, que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da companhia petroleira estatal PETROBRAS, teria sido detido pelas Autoridades Brasileiras em 20 de março de 2014 no âmbito de um amplo processo de lavagem de dinheiro sobre fundo de corrupção dito “Lava-Jato”, vinculado ao doleiro Alberto Youssef, que teria também sido detido”.

“Paulo Roberto Costa, naquela altura diretor da Petrobras, teria recebido, em 2011-2012 propinas para a adjudicação das obras no âmbito da construção das refinarias de Abreu e Lima, nos arredores de Recife (Pernambuco, Brasil). Paulo Roberto Costa teria também sido acusado de desvio de fundos públicos no âmbito de outra investigação vinculada à compra pela Petrobras, em 2006, da refinaria americana Pasadena, sediada no Texas. Por outro lado, parece que Humberto Sampaio de Mesquita e Marcio Lewkowicz, genros de Paulo Roberto Costa, assim como Arianna Azevedo Costa Bachmann e Sanni Azevedo Bachamann, filhas do ex-dieretor) seriam também objeto da investigação conduzida no Brasil por ter ajudado Paulo Roberto na lavagem de dinheiro, particularmente ocultando haveres e documentos”, diz o documento Suíço.

FONTE: O Globo

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Votações da semana são canceladas após divergência sobre decreto dos conselhos populares

10/06/2014 - 20h15


PSDB, DEM, PPS, SD e PSD declararam obstrução a todas as votações até que seja analisado o projeto (PDC 1491/14) que anula os efeitos do decreto presidencial (8.243/14) sobre a Política Nacional de Participação Social. A manobra inviabilizou as votações do Plenário da Câmara dos Deputados durante a semana. Nesta quarta-feira (11), às 14 horas, será realizada sessão apenas para debates.

A oposição e o PSD criticam o decreto sobre política social que, na avaliação dos partidos, invade competências do Congresso Nacional. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e os líderes da base do governo tentaram, sem sucesso, mudar a opinião dos oposicionistas.

Alves ressaltou que está negociando a transformação do decreto em um projeto de lei, a ser enviado pelo Executivo à Câmara dos Deputados. Ele deu um prazo até esta quarta-feira para o avanço das negociações. “O meu estilo é, antes da radicalização, tentar uma negociação política republicana”, disse.

O presidente da Câmara criticou a obstrução que, segundo ele, vai passar a impressão de que a Câmara não trabalha. “Com a obstrução, não vamos trabalhar hoje [terça-feira] nem amanhã, e já há desgaste demais nesta Casa”, afirmou.

Direito de resposta
O Plenário votaria nesta terça-feira o projeto que regulamenta o direito de resposta nos meios de comunicação (PL 6446/13), mas as manobras da oposição derrubaram a votação.

A aprovação do projeto seria a resposta legislativa à reportagem divulgada no último domingo pelo programa Fantástico, da Rede Globo, baseada em livro do juiz Marlon Reis que narra práticas de um deputado corrupto fictício. A reportagem afirma que parlamentares desviam dinheiro das emendas parlamentares para custear as campanhas políticas.

O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), lamentou a obstrução. “Não podemos paralisar esta Casa e impedir a votação de uma matéria que não tem oposição”, criticou.

Conselhos populares
O decreto presidencial que cria a Política Nacional de Participação Social institui conselhos populares para assessorar a formulação de políticas públicas pelo governo. Os integrantes dos conselhos serão indicados pelo governo federal.


Para Mendonça Filho, o decreto contraria a Constituição e as prerrogativas do Congresso. Segundo ele, os conselhos populares são um “eufemismo para o aparelhamento ideológico, por meio de movimentos sociais, filiados ao PT e sindicalistas ligados ao governo”.

O líder do DEM também disse que a oposição já tinha anunciado a pretensão de paralisar a Casa até a derrubada do decreto, pela presidente da República ou pelo Congresso. Ele declarou ainda que a posição política marcada pela obstrução faz parte do trabalho do Parlamento.

"Esta Casa não trabalha só quando vota, mas quando se posiciona politicamente, colocando de forma clara que houve invasão do nosso espaço institucional. Anunciamos na semana passada que, se não houvesse recuo, iríamos estabelecer obstrução. Não foi surpresa para ninguém”, explicou.

O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) chegou a dizer que a falta de votações é menos constrangedora do que o fato de o Executivo invadir uma competência dos parlamentares. “Não é este momento que vai desmoralizar esta Casa; o que deixa esta Casa desmoralizada são atitudes como essa da presidente Dilma. Esse decreto é um tapa na cara do Congresso”, criticou.

Debate eleitoral

Líderes governistas lamentaram a obstrução e acusaram a oposição de se aproveitar do decreto para antecipar o debate eleitoral. O líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), disse que a regulamentação da participação social, como determina o decreto, fortalece as estruturas de representação da sociedade e vai melhorar o processo de formulação e implementação de políticas de governo.


“Toda ampliação possível da democracia representativa é louvável. Essa obstrução é inexplicável, nós queremos votar aqui um projeto que dá direito de resposta a quem não tem voz”, disse Fontana.

Já o líder do PT, deputado Vicentinho (SP), rebateu os argumentos de que o decreto é inconstitucional, já que a Constituição permite que a presidente edite decretos que tratem da organização da administração pública.

Para o líder do PT, as críticas da oposição fazem parte de uma estratégia eleitoral. “Desafio os deputados a debater essa questão de maneira sincera. Não é contra um decreto, é a velha e politiqueira selvageria eleitoral”, afirmou Vicentinho.

 FONTE: Câmara dos Deputados

sábado, 7 de junho de 2014

Desejo de Lula se cumpre: sem metrô e com trânsito caótico, paulistano pode usar jumento para ver a seleção

Desejo de Lula se cumpre: sem metrô e com trânsito caótico, paulistano pode usar jumento para ver a seleção


Paulistano passou a manhã preso no maior engarrafamento da história da cidade nesse horário. E a situação deve piorar à tarde quando a seleção brasileira estará em campo no estádio do Morumbi



O desejo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se cumpriu nesta sexta-feira, a menos de uma semana da abertura da Copa do Mundo na cidade de São Paulo. No último dia 16 de maio, o petista afirmou ser "babaquice" a preocupação de oferecer metrô para o torcedor chegar aos estádios. "Nós nunca tivemos problemas em andar a pé. Vai a pé, vai descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa", disse Lula, em palestra para blogueiros. Nesta sexta, o paulistano que comprou ingresso para assistir ao último amistoso da seleção brasileira antes da estreia no Mundial, no Morumbi, não poderá usar o metrô, parado pelo segundo dia de greve. E o carro também não será um bom negócio: com chuva e o rodízio de veículos liberado pela prefeitura, as ruas e avenidas da maior cidade do país estão travadas.


 Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), foram registrados 251 quilômetros de vias engarrafadas às 10h30, recorde  histórico para o horário. As principais artérias que cortam a cidade estão congestionadas. Por volta das 11h, um protesto de metalúrgicos ajudou a piorar o cenário caótico ao bloquear duas faixas da Avenida Paulista. Outras manifestações, de funcionários da construção civil e as marchas diárias dos sem-teto (MTST), estão programadas para esta sexta.


greve dos metroviários paralisa parcialmente três linhas do metrô – 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. Nas primeiras horas da manhã, grevistas decidiram realizar piquetes em estações e impedir funcionários que não aderiram à paralisação de trabalhar normalmente. A Polícia Militar utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o grupo e impedir depredações. O Metrô informou em sua conta no Twitter que havia "impedimento da entrada de funcionários nos postos de trabalho por grevistas".


Os metroviários vão fazer um ato de protesto, às 16 horas, na Estação Tatuapé, com possibilidade de fechar a Radial Leste, principal via de ligação da Zona Leste ao Centro da capital. "Há risco de a greve continuar (até a Copa), se o governador não negociar", afirmou Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do sindicato.



Em reunião na sede do sindicato nesta sexta-feira, os metroviários rejeitaram a proposta de reajuste de 8,7% feita pelo governo paulista e decidiu manter a paralisação. O governo de São Paulo acionou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) por considerar a greve abusiva. O Tribunal de Justiça de São Paulo marcou para sábado o julgamento da liminar que obriga os funcionários a manter 100% da frota funcionando em horário de pico, e 70% no restante do dia.

FONTE: Veja

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come

Parodiando a letra cantada por Ney Matogrosso, eu digo que já vi sim, o rastro da cobra e o couro do lobisomem. Ney Matogrosso na canção, diz que nunca viu, e que tem mais, que "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come".  Eu já vi, nós já vimos o rastro da cobra e o couro do lobisomem. E de fato, já corremos e ainda assim o bicho nos pegou, e então decidimos ficar e lutar contra o bicho, e ele está nos comendo.

Em junho de 2002, isto há 12 anos, o governo FHC, com a intervenção na PREVI, fez nela um grande estrago, demolindo o pouco ou quase nada de bom do que restara da cilada que foi a  reforma do estatuto e o Acordo de 1997 com seu Aditivo, a partir dos quais, nossos problemas começaram e se agravaram. Acrescente-se ainda, outras intervenções diretas e indiretas, alterações violentas nos regulamentos dos planos de benefícios, ainda durante aquele governo, e mais as LC 108 e 109, de 2001, sem entrar nos seus detalhes já conhecidos. Prevalecia a ingerência nos direcionamentos das aplicações dos nossos recursos, segundo interesses de pessoas ou de grandes e pequenos grupos de empresas e financeiras.

Em outubro daquele ano de 2002, Lula se elegeu para seu primeira mandato, e pairou sobre nós a esperança de que finalmente estava encerrada a fase dos assaltos dos tucanos contra a PREVI, e que teríamos dai por diante, um governo aliado às nossas justas causas, reparando o que nos foi subtraído, e que nossos direitos seriam respeitados e as leis que regem os fundos de pensão seriam cumpridas.

Esperanças frustradas. As ingerências de todas as formas continuaram, e de certa forma se agravaram. Intervenções brancas nos fundos, especialmente na PREVI com seus fabulosos e cobiçados ativos de R$160 bilhões, sejam reais ou virtuais. Com o argumento de regulamentar a LC 109,  esse governo pariu a Resolução 26 que atropela as determinações da própria LC 109, criou barreiras no Judiciário e no Legislativo para impedir o trânsito e o sucesso das nossas lícitas e justas reivindicações.

Contudo, resta-nos gritar até o último grito e continuar lutando até o último fôlego pelos corredores e gabinetes dos Legislativo e do Judiciário.

Não nos iludamos. Este governo assim faz, e os tucanos também fariam, e se voltarem ao governo, farão o mesmo e ainda pior, com seu estilo próprio e bem afinado com o capitalismo. Trata-se de uma política de Estado e não de governo, como alertou o colega Dr. Ryu Brito.
Em verdade, não identificamos no atual quadro político eleitoral, forças ou correntes políticas e partidárias que contenham nomes confiáveis a nosso favor. Pelo menos, em não despontando outra opção que nos seja favorável para escolha do voto nas próximas eleições, temos a escolher, infelizmente, entre a foice de um socialismo deformado e corrompido por uma dúzia de maus correligionários, ou a espada implacável de um capitalismo privatista e carniceiro.

A privataria tucana não conseguiu privatizar o BB, ou não teve tempo para isto. Imaginando o amplo espectro das consequências para a atividade econômica e social do país decorrente de uma privatização do BB, e olhando para o nosso umbigo, sem egoísmo, podemos imaginar o que seria de nós em relação à PREVI

Para quem não se lembra, recordamos o que disse o ícone capitalista, ex-ministro  Mailson da  Nóbrega, ao ícone da comunicação capitalista, Revista Veja:: "Já não existe falha de mercado que exija um BB estatal. A ingerência do  governo indicou que é preciso  protegê-lo definitivamente. A saída mais óbvia é a privatização". Ora, se “já não existe falha de mercado” então existiu a falha e o BB corrigiu. Então o “professor” Mailson admite a necessidade de intervenção do Estado !

Mais recentemente, o interesse privatista voltou à carga, pressionando o governo para que o BB disponibilize no mercado, todas as suas mais rendosas carteiras e fique resumido apenas à carteira agrícola, o que por sua natureza, em termos de rentabilidade e recuperação de crédito é um abacaxi. É preciso considerar que o volume de ações do BB nas mãos do governo ja está em nível crítico e arriscado. Há também o perigo imposto pelas injunções econômicas e o interesse do projeto político do governo em obter o apoio do poder econômico. Como já dissemos em outra oportunidade, acende uma vela pra Deus e duas pro diabo.


Roberto Abdian