terça-feira, 19 de julho de 2016

Lava Jato reprova delação de executivos da Odebrecht por serem “superficiais”

Tente outra vez A Lava Jato adotou linha dura com a Odebrecht, um dos principais alvos da operação. Diversos delatores da empresa tiveram suas propostas de colaboração premiada recusadas. Investigadores reclamam que os anexos são superficiais e dão o recado: quem não entregar o ouro não levará o benefício. A demora em fechar os acordos prolonga a estadia dos executivos em Curitiba e dificulta a vida da empresa, que vende ativos para reduzir dívidas e afastar o risco de recuperação judicial.



Zigue-zague Depois de se alinhar à antiga oposição na eleição para a presidência da Câmara para derrotar o centrão, PT e PC do B agora falam em tentar se aproximar do grupo na volta do recesso.

Voto útil A esquerda quer unir forças com PP, PTB e demais siglas do bloco em pautas de apelo social, como as reformas da Previdência e da legislação trabalhista. Tentam, assim, surfar na irritação do centrão com o governo para manter a base rachada.


O que há para hoje Apesar de os cargos na Mesa Diretora da Câmara estarem ocupados, há ao menos uma posição de livre nomeação que tem despertado interesse nos deputados: a Secretaria de Comunicação, hoje nas mãos de um congressista do PRB.


Esse cara sou eu Michel Temer intensificará suas viagens pelo país. O governo aposta na exposição maior do interino para melhorar sua taxa de conhecimento e, com sorte, de aprovação — pesquisa Datafolha mostrou que muitas pessoas nem sequer sabem o seu nome.


On the road A próxima agenda é a inauguração da linha 4 do metrô do Rio, no fim de julho, às vésperas da Olimpíada. Temer também planeja um giro pelo Nordeste para lançar o programa “Novo Chico”, de revitalização do rio São Francisco.

deus

Santa cilada De um petista graúdo sobre o Datafolha apontar Lula no segundo turno da eleição presidencial de 2018, embora perca em todos os cenários: “O segundo turno a Deus pertence”.


Auspicioso Economistas observam que, se o teto para despesas públicas for aprovado este ano, pode haver aumento real nos gastos federais no ano que vem. Isso porque, segundo as expectativas de investidores, a inflação deve cair em 2017 ante 2016.


Grão em grão O pastor Marco Feliciano deve abandonar sua candidatura à Prefeitura de São Paulo. Seu partido, o PSC, promete apoiar a campanha do deputado Celso Russomanno (PRB).


Nova temporada Das cinco siglas que estiveram com Russomanno em 2012, duas já debandaram: PT do B e PTB. As conversas com o PTN correm, mas há resistências no PRB para aceitar as exigências. Os nanicos PRP e PHS estão indecisos.


Vai que Caciques do PSD reafirmam que Andrea Matarazzo só não será candidato se não quiser. Mas, nos bastidores, torcem para que desista. Dirigentes da sigla apoiariam Marta Suplicy (PMDB).


Articulando O diretor da TV Cultura, Jorge Damião, participou de encontro da campanha de João Doria (PSDB) na tarde de terça (12), na Câmara Municipal de SP. Reuniu-se com vereadores e com Julio Semeghini, ex-secretário de Alckmin.


Juro que é bico A movimentação chamou atenção de vereadores devido ao horário. Damião, servidor público, afirma que só trata da corrida municipal no seu tempo livre. Semeghini licenciou-se do governo para coordenar a campanha de Doria.


Visita à Folha O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), dos deputados do DEM Paulo Azi (BA), Jorge Tadeu Mudalen (SP) e Elmar Nascimento (BA), e de Larissa Freitas, assessora de imprensa.



TIROTEIO

Enquanto a FIESP defende o golpe, um diretor da entidade tem a maior dívida com a União. Quem é que vai pagar esse pato?

DO VEREADOR PAULO FIORILO, presidente do PT paulistano, ironizando a frase da Fiesp contra a alta de impostos, usada nos atos contra Dilma Rousseff.



CONTRAPONTO

Legado de uma derrota

Durante a inauguração de uma unidade do Ambulatório Médico de Especialidades na capital, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), falava de quando o doce feito com leite condensado e chocolate foi batizado de “brigadeiro”.

O tucano contava que fora durante a candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes à Presidência da República, na década de 40. Na época, voluntárias faziam guloseimas para ajudar na campanha e a que ele mais gostava foi apelidada com sua patente.
— O slogan dele era ‘bonito e solteiro, vote no brigadeiro’. Óbvio que ele perdeu a eleição! — contou, aos risos.


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