terça-feira, 13 de setembro de 2016

Após ficar em silêncio, Léo Pinheiro volta a depor e deve falar de propina

Danilo Verpa - 5.set.2016/Folhapress


O ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro chega à sede da PF em SP para condução coercitiva
O ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro chega à sede da PF em SP para condução coercitiva

O depoimento, nesta terça-feira (13), de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, ao juiz Sergio Moro é aguardado com expectativa nos meios jurídicos: na primeira convocação, ele ficou em silêncio. Agora, deve falar o que sabe sobre a acusação de que deu propina para o ex-senador Gim Argello evitar que empreiteiros fossem investigados numa CPI. 

AÇÃO!

É esperado que Moro não apenas ouça como também faça perguntas adicionais, sinalizando que tem disposição de ouvir o que Pinheiro tem a dizer sobre essa e várias outras denúncias que são investigadas na Operação Lava Jato. 

NO AR

Há o entendimento de que Moro, ao prender Léo Pinheiro pela segunda vez, criou uma situação que deixaria evidente que uma delação do executivo não pode ser jogada no lixo. O executivo já se revelou disposto a entregar esquemas não apenas do PT e do PMDB como também do PSDB. 

NA TERRA

A negociação da delação premiada de Pinheiro, no entanto, foi interrompida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sob o argumento de que seus termos vazaram para a imprensa. A decisão foi polêmica, já que praticamente todas as outras delações também vazaram sem que Janot tivesse, na maioria dos casos, qualquer reação. 

VAI...

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) foi de carona com o ministro Alexandre de Moraes (Justiça) em um jato da FAB (Força Aérea Brasileira) para a posse da ministra Cármen Lúcia como presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta segunda-feira (12). O senador José Aníbal (PSDB-SP) também estava no voo, que partiu do aeroporto de Congonhas. 

...E VOLTA

Alckmin retorna nesta terça (13), após uma reunião de governadores com a nova presidente. Vai usar avião de carreira, segundo sua assessoria. 

ORDENS

Anna Karina Maiorana, funcionária da Presidência que foi exonerada depois de acompanhar um fotógrafo e uma artista plástica que participaram de um ensaio em que uma modelo aparecia nua no Palácio do Planalto, perto da sala de Michel Temer e na noite de votação do impeachment, diz que, ao contrário do divulgado, não foi ela quem autorizou a performance.

ORDENS 2

Escalões superiores deram a autorização, afirma Maiorana, numa tramitação que seria rotineira no palácio. "Eu apenas acompanhei o trabalho", afirma. 

LIMITE

A Secom (Secretaria de Comunicação) admitiu nesta segunda (12) que houve autorização para a filmagem, embora a própria secretaria não tivesse sido informada de que ela ocorreria. Mas afirma que Maiorana foi exonerada porque não soube colocar limites aos artistas. 

TUDO NORMAL

"Particularmente, eu não vi nada de mais. E a modelo não ficou nua, ela usava um adesivo. Não recebi orientação alguma além de acompanhar o trabalho. E talvez não tenha enxergado o que eles [que a exoneraram] gostariam que eu enxergasse", diz a funcionária exonerada. 

AINDA É SEGREDO

Os velejadores Vilfredo e Heloísa Schürmann ainda não assistiram ao filme "Pequeno Segredo", dirigido por seu filho David Schürmann e selecionado para ser a indicação brasileira ao Oscar. Eles estão em uma expedição na costa da África e só quando chegarem ao Brasil verão o longa —que conta a história de sua filha adotiva, Kat. "Estamos muito ansiosos. Nem consigo dormir", diz Heloísa. 


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