Banco vai alugar imóvel da PREVI e nas novas instalações não está prevista a representação da Presidência da República na capital paulista.
Prédio simbólico do Banco do Brasil em São Paulo, o edifício da Paulista esquina com a Augusta deixará de servir como representação da instituição na capital paulista. O BB fechou contrato com a PREVI -caixa previdenciária dos funcionários do Banco para alugar um novo empreendimento também na Paulista, onde centralizará as operações administrativas na cidade pagando cerca de R$ 3 milhões por mês de aluguel.
O BB não pretende abrigar no novo endereço as representa ções da Presidência da República e do Ministério da Fazenda, que ocupam dois andares do atual prédio em São Paulo, pelo qual o BB paga R$ 1,1 milhão de aluguel à PREVI, que também é dona do local desde a década de 1980. O governo não paga a locação das salas. O Palácio do Planalto afirmou, em nota, que não tem conhecimento de que seu anfitrião está de mudança.
O Estado apurou que, para não criar indisposição com o seu principal controlador – o governo federal-, o BB não descarta permanecer com o prédio e aproveitá-lo para instalar uma agência de atendimento a clientes com maior renda e a área jurídica, por considerar que o aluguel vai ficar cada vez mais baixo devido à deterioração do edifício. Esse prédio da Paulista ganhou o noticiário no ano passado por ser o local onde trabalhava Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo.
Em dezembro de 2012, a Polícia Federal fez busca e apreensão no prédio do BB durante a Operação Porto Seguro, que investigou um suposto esquema de pareceres e tráfico de influência no governo. Reservadamente, executivos do BB afirmam que por esse e outros episódios é melhor separar fisicamente o governo da instituição.
O Banco público mudará para um novo edifício na mesma Avenida Paulista, que também pertence à PREVI, onde centralizará todas as operações do 7.º ao 13.º andar. Em 2015, quando a mudança estiver encerrada, o Banco vai vender outros prédios na capital paulista.
A lista inclui a antiga sede da Nossa Caixa, na XV de Novembro, na região central de São Paulo, entre outros prédios que ficarão vazios com a mudança para a Avenida Paulista.
O BB, porém, ainda não tem o desenho da nova configuração dos escritórios nos sete andares da Torre Matarazzo. Só depois da mudança gradual dos funcionários, a instituição poderá avaliar quantos e quais prédios serão leiloados.
O novo empreendimento da Paulista está sendo construído no terreno da antiga mansão da família Matarazzo. Pelo empreendimento, a PREVI desembolsou R$ 345 milhões, sendo a primeira parcela paga à vista e o restante de acordo com o andamento da obra, a cargo das construtoras Cyrela e Camargo Corrêa, detentoras do terreno de quase 12 mil metros quadrados.
As empresas levaram cinco anos para receber autorização dos órgãos oficiais para construir no local porque a obra envolvia a destruição de um prédio histórico e pode causar impacto no trânsito da região.
Três pisos do shopping serão de lojas, um apenas para praça de alimentação e outros para teatro e cinema. A construtora informa que as lojas do shopping serão frequentados apela classe AB, público do Jardins”. A previsão de entrega é outubro do ano que vem. / A.M. e M.R.A.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
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