O presidente Michel Temer (PMDB) durante reunião com com prefeitos no Palácio do Planalto, em Brasília
Na tentativa de aprovar com vantagem proposta do teto de gastos públicos, o presidente Michel Temer iniciou ofensiva nesta quarta-feira (16) sobre senadores do Norte e Nordeste que apresentam risco de votar contra a iniciativa do governo federal.
A duas semanas da votação do primeiro turno da chamada PEC do Teto no Senado Federal, programada para 29 de novembro, o peemedebista abriu espaço na agenda presidencial para receber pessoalmente parlamentares que simpatizavam com o governo de Dilma Rousseff.
Nesta quarta-feira (16), o presidente marcou audiências com Elmano Férrer (PTB-PI), Otto Alencar (PSD-BA) e Kátia Abreu (PMDB-TO). Os três votaram contra o afastamento definitivo da petista.
Além deles, ele programou encontros com Raimundo Lira (PMDB-PB), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Vicentinho Alves (PR-TO). Eles votaram favoravelmente ao impeachment, mas contra a proibição de que a petista assuma funções públicas, posição contrária à defendida à época pelo governo federal.
Para aprovar a medida em primeiro turno, são necessários 49 votos. Em uma tentativa de demonstrar força política, o Palácio do Planalto quer conseguir um placar de 65 de um total de 81 senadores.
A avaliação do entorno de Michel Temer é que caso o governo federal consiga a vantagem, o Palácio do Planalto terá mais tranquilidade para enviar a reforma previdenciária no início de dezembro, antes da votação do segundo turno do teto de gastos, previsto para 13 de dezembro.
Se o placar for apertado, contudo, a estratégia do governo federal será a de segurar a proposta para que ela não cause instabilidade na votação do segundo turno.
Como parte do esforço para aprovar a proposta, o peemedebista realizará na noite desta quarta-feira (16), no Palácio da Alvorada, um jantar para todos os senadores da base aliada.
No encontro, a equipe econômica apresentará gráficos e dados para provar a necessidade de aprovação da medida para a redução da dívida pública e o equilíbrio das contas governamentais.
FOLHA
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