O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho é levado à sede da Polícia Federal |
O ex-governador do Rio Anthony Garotinho passou mal na Superintendência
da Polícia Federal do Rio e será levado para o Hospital Municipal Souza
Aguiar para avaliação.
Garotinho foi preso nesta quarta-feira (16) sob acusação de comandar um esquema de compra de votos para a eleição de vereador de Campos dos Goytacazes.
O ex-governador sofreu um pico de pressão, o que exigiu a presença de
médicos. Uma ambulância do Samu foi enviada à PF, enquanto o médico
particular de Garotinho não chegava ao local.
Ele está detido numa cela especial da PF aguardando a definição sobre o local em que permanecerá preso.
A Justiça Eleitoral determinou sua prisão preventiva sob acusação de
coagir testemunhas na investigação que apura compra de votos em Campos.
Garotinho é atualmente secretário municipal de Governo em Campos. De
acordo com a Justiça Eleitoral, ele comandou uma "explosão" de inscrição
de beneficiários no programa com o objetivo de beneficiar até 34
candidatos a vereador aliados, dos quais 11 foram eleitos.
De acordo com a Justiça, o número de inscritos no programa, que
distribui R$ 200 por mês, subiu de 11 mil para 29 mil desde junho,
quando começou a campanha eleitoral.
Duas testemunhas que relataram a inclusão irregular de beneficiários
foram, segundo a Justiça Eleitoral, coagidas a gravar novos depoimentos a
serem transmitidos no programa de rádio do ex-governador.
As operações "Chequinho" e "Vale Voto", que apuram a compra de votos na
cidade do Norte Fluminense, já havia prendido quatro vereadores, a
secretária particular da prefeita Rosinha Garotinho (PR), mulher do
ex-governador, e uma secretária municipal.
A defesa de Anthony Garotinho afirmou por meio de nota que a prisão do
ex-governador "vem na sequência de uma série de prisões ilegais
decretadas por aquele juízo e suspensas por decisões liminares do
Tribunal Superior Eleitoral".
"Estas denúncias de abuso foram dirigidas à Corregedoria da Polícia
Federal e ao juiz, que nenhuma providência tomou. Pessoas presas mudaram
vários depoimentos após ameaças do delegado. No entanto, o TSE já
deferiu quatro liminares por prisões ilegais. A Justiça certamente não
permitirá que este ato de exceção se mantenha contra Garotinho",
escreveu o criminalista Fernando Augusto Fernandes.
A defesa informou entrará com pedido de habeas corpus ainda nesta quarta-feira.
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