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O presidente Michel Temer (esq.) e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha |
O juiz Sergio Moro indeferiu, na manhã desta segunda (28), 21 de um
total de 41 perguntas feitas por escrito pelo ex-deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) a Michel Temer.
O presidente da República é testemunha de defesa de Cunha. Ele responderá aos questionamentos também por escrito.
Cunha chega a perguntar se Temer recebeu Jorge Zelada, ex-diretor da
Petrobras envolvido em corrupção, em sua própria residência, em São
Paulo, e se teve conhecimento de reunião de fornecedores da Petrobras
também em seu próprio escritório, em São Paulo, "com vistas à doação de
campanha para as eleições de 2010".
Em outra questão, pergunta qual é a relação do presidente "com o sr.
José Yunes", um dos melhores amigos de Temer, e se ele "recebeu alguma
contribuição de campanha" para alguma eleição de Temer.
Em caso positivo, diz Cunha, "as contribuições foram realizadas de forma oficial ou não declarada?".
O ex-parlamentar questiona ainda se Temer "indicou o nome do sr.
Wellington Moreira Franco para a vice-presidência do Fundo de Governo e
Loterias da Caixa Econômica Federal".
Moro afirmou em seu despacho que as perguntas de Cunha mereciam
"censura", já que "não há qualquer notícia do envolvimento do Exmo. Sr.
Presidente da República nos crimes que constituem objeto desta ação
penal".
E indeferiu as questões.
Afirmou também que qualquer denúncia envolvendo Temer deve ser
investigada no STF (Supremo Tribunal Federal), e não em Curitiba, já que
o presidente tem foro privilegiado.
"Não tem ainda este Juízo competência para a realização, direta ou
indiretamente, de investigações em relação ao Exmo. Sr. Presidente da
República", concluiu o juiz.
Marcelo D. Sants/FramePhoto/Folhapress | ||
O juiz Sergio Moro, da Operação Lava Jato |
FOLHA
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