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Fotos do ex-governador Sérgio Cabral ao dar entrada em presídio |
Preso na última quinta
(17), o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, teve o cabelo cortado ao
chegar ao presídio Bangu Oito, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em
Bangu, na zona oeste do Rio.
Cabral também trocou a camisa social que vestia quando foi detido, em sua casa no Leblon, pelo uniforme penitenciário.
O ex-governador divide a cela com seus ex-secretários e ex-assessores
José Orlando Rabelo, Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, Hudson Braga,
Luiz Paulo Reis e Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves, todos alvos
da Operação Calicute, deflagrada na quinta-feira, 17.
A unidade em que está preso é reservada para detentos com ensino superior. Cabral é jornalista.
Nesta sexta (18), ele tomou um café da manhã de pão com manteiga.
No almoço e no jantar, o cardápio é composto por: arroz ou macarrão,
feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe, frango),
legumes, salada, sobremesa e refresco. Já o lanche é um guaraná e pão
com manteiga ou bolo.
OPERAÇÃO
A Calicute é uma ação conjunta das forças-tarefas da Lava Jato no Rio e em Curitiba.
O ex-governador é acusado de desviar mais de R$ 220 milhões de recursos
públicos federais em obras realizadas no Estado, que passa por uma crise
fiscal e, por isso, teve R$ 170 milhões bloqueados pela União.
Também são investigados os crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
GAROTINHO
Outro ex-governador do Estado foi preso nesta semana. Anthony Garotinho (PR),
adversário de Cabral, foi preso na quarta-feira (16), e levado para
Bangu na noite desta quinta, após passar pelo hospital por causa de um
pico de pressão.
Ao ser acomodado dentro da ambulância, Garotinho tentou se levantar e foi contido por agentes da Polícia Federal.
De acordo com a Justiça Eleitoral, o ex-governador tentou coagir duas
testemunhas do caso e eliminou documentos públicos que ajudariam na
apuração dos supostos crimes.
Segundo as investigações, o esquema mais que dobrou o número de
beneficiários do Cheque Cidadão, da Prefeitura de Campos, a partir de
junho. O objetivo seria usar para fins eleitorais o programa, que
destina R$ 200 a famílias pobres.
De acordo com o Ministério Público, 34 candidatos a vereador na cidade eram beneficiados pela prática, dos quais 11 eleitos.
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