Sob o ataque até de antigos aliados, o grupo ligado à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), associado à CUT, está mobilizando todas as suas forças para evitar sua primeira derrota nas eleições da Previ desde 2000.
Até agora, menos de 40% dos participantes (funcionários e aposentados doBanco do Brasil) votaram, a maior parte, da ativa.
Eles temem, porém, os aposentados, que tradicionalmente se envolvem menos no processo, mas estão mais conectados via redes sociais do que em disputas anteriores.
A estratégia adotada prioriza a comunicação via internet com esse grupo, que também é o mais insatisfeitos com o corte recente do benefício temporário (Bet), um adicional de 20% sobre os benefícios pagos entre 2010 e 2013, mas que precisou ser cortado.
O ex-diretor Ricardo Sasseron, candidato ao conselho deliberativo pela chapa 4, da situação, diz que a existência de várias chapas tranquiliza o grupo, mas reconhece que a recente mobilização dos "sem partido", que na Previ aparecem em torno da chapa 1, é um fator de incerteza. "Toda a eleição tem uma chapa como essa, mas eles ganharam capacidade de mobilização com a internet."
Para tentar neutralizar o movimento na internet, uma carta do ex-presidente da Previ Sergio Rosa circulou em redes sociais. O texto reforça o papel do grupo unido em torno da chapa 4 à frente do fundo e diz ser o único capaz de manter a governança e os resultados conseguidos nos últimos anos. "A Previ, ao longo da última década, soube tirar proveito e também se proteger nas diferentes conjunturas".
A preocupação de Rosa e Sasseron é reforçar a saúde financeira do fundo. Fontes ouvidas pelo Valor relatam que desde o início do ano, os atuais diretores eleitos, também ligados ao grupo, têm tido dificuldades para conversar com os participantes nas reuniões para apresentação dos resultados de 2013. O motivo seria a revolta devido ao corte nos benefícios.
Segundo Sasseron, desde 2006, a Previ distribuiu mais de R$ 30 bilhões aos participantes. Esse ano, porém, teve que suspender o movimento porque, mesmo superavitário em R$ 25 bilhões, não alcançou o resultado exigido em lei - R$ 29 bi - para manter distribuição.
Sasseron tambem rebate as críticas ao uso político do fundo. Ele diz apostar nos resultados alcançados pela entidade nos últimos anos e no modelo de governança - único no país onde há paridade entre dirigentes eleitos e indicados pela patrocinadora - como forma de desarticular as críticas. "Nosso mecanismo de análise de investimento é mais forte que o do BB. Isso foi atestado por uma auditoria. Nossa governança é invejada pelos outros fundos", completa.
Sobre a indicação de conselheiros, conta que a Previ possui um sistema para seleção de candidatos. Os vínculos partidários não são considerados na seleção e a prioridade é para participantes e funcionários do BB. "São casos excepcionais, como a Itausa, que não permite funcionários do BB por avaliar que pode haver conflito de interesses.
Apenas 15 conselheiros são filiados ao PT" afirma.
Segundo ele, o movimento sindical está quase que 90% com eles porque foi essa união que permitiu manter a governança do fundo.
O movimento também mantém forte ligação com os participantes da ativa, assim como com o PT e sua corrente majoritária, a Construindo um novo Brasil, diz Sasseron. Segundo ele, PSTU e PSOL, que se uniram na chapa 2, controlam apenas quatro regionais do sindicato dos bancários. E as correntes ligadas à chapa 3 têm vínculo com o PPS, mas pouca representatividade.
23 de maio de 2014
Até agora, menos de 40% dos participantes (funcionários e aposentados doBanco do Brasil) votaram, a maior parte, da ativa.
Eles temem, porém, os aposentados, que tradicionalmente se envolvem menos no processo, mas estão mais conectados via redes sociais do que em disputas anteriores.
A estratégia adotada prioriza a comunicação via internet com esse grupo, que também é o mais insatisfeitos com o corte recente do benefício temporário (Bet), um adicional de 20% sobre os benefícios pagos entre 2010 e 2013, mas que precisou ser cortado.
O ex-diretor Ricardo Sasseron, candidato ao conselho deliberativo pela chapa 4, da situação, diz que a existência de várias chapas tranquiliza o grupo, mas reconhece que a recente mobilização dos "sem partido", que na Previ aparecem em torno da chapa 1, é um fator de incerteza. "Toda a eleição tem uma chapa como essa, mas eles ganharam capacidade de mobilização com a internet."
Para tentar neutralizar o movimento na internet, uma carta do ex-presidente da Previ Sergio Rosa circulou em redes sociais. O texto reforça o papel do grupo unido em torno da chapa 4 à frente do fundo e diz ser o único capaz de manter a governança e os resultados conseguidos nos últimos anos. "A Previ, ao longo da última década, soube tirar proveito e também se proteger nas diferentes conjunturas".
A preocupação de Rosa e Sasseron é reforçar a saúde financeira do fundo. Fontes ouvidas pelo Valor relatam que desde o início do ano, os atuais diretores eleitos, também ligados ao grupo, têm tido dificuldades para conversar com os participantes nas reuniões para apresentação dos resultados de 2013. O motivo seria a revolta devido ao corte nos benefícios.
Segundo Sasseron, desde 2006, a Previ distribuiu mais de R$ 30 bilhões aos participantes. Esse ano, porém, teve que suspender o movimento porque, mesmo superavitário em R$ 25 bilhões, não alcançou o resultado exigido em lei - R$ 29 bi - para manter distribuição.
Sasseron tambem rebate as críticas ao uso político do fundo. Ele diz apostar nos resultados alcançados pela entidade nos últimos anos e no modelo de governança - único no país onde há paridade entre dirigentes eleitos e indicados pela patrocinadora - como forma de desarticular as críticas. "Nosso mecanismo de análise de investimento é mais forte que o do BB. Isso foi atestado por uma auditoria. Nossa governança é invejada pelos outros fundos", completa.
Sobre a indicação de conselheiros, conta que a Previ possui um sistema para seleção de candidatos. Os vínculos partidários não são considerados na seleção e a prioridade é para participantes e funcionários do BB. "São casos excepcionais, como a Itausa, que não permite funcionários do BB por avaliar que pode haver conflito de interesses.
Apenas 15 conselheiros são filiados ao PT" afirma.
Segundo ele, o movimento sindical está quase que 90% com eles porque foi essa união que permitiu manter a governança do fundo.
O movimento também mantém forte ligação com os participantes da ativa, assim como com o PT e sua corrente majoritária, a Construindo um novo Brasil, diz Sasseron. Segundo ele, PSTU e PSOL, que se uniram na chapa 2, controlam apenas quatro regionais do sindicato dos bancários. E as correntes ligadas à chapa 3 têm vínculo com o PPS, mas pouca representatividade.
23 de maio de 2014
Por Renata Batista | Do Rio
FONTE: Valor Econômico
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