Dinheiro teria sido doado para ajudar em quatro campanhas humanitárias.
Segundo auditoria, valores foram repassados para instituto no Maranhão.
A Cruz Vermelha brasileira anunciou nesta sexta-feira (25) que R$ 17 milhões em doações foram desviados para uma ONG no Maranhão, entre os anos de 2010 e 2012.
O dinheiro teria sido doado para ajudar em quatro campanhas humanitárias: para vítimas da chuva na Região Serrana do Rio, combate à dengue no Brasil, tsunami no Japão e para a Somália, que sofreu uma crise alimentar por causa da seca.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a auditoria que comprovou os desvios foi feita pela Moore Sthephens, uma consultoria independente com sede em Londres, a pedido da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, que fica na Suíça.
Segundo a denúncia, todo esse dinheiro foi repassado para o Instituto Humanus, que fica em São Luís, e pertence a Alzira Quirino da Silva, mãe do ex-vice-presidente da Cruz Vermelha Anderson Marcelo Choucino.
Ainda segundo o jornal, as transações bancárias eram feitas com assinatura eletrônica de Carmen Serra, ex-presidente da filial da Cruz Vermelha no Maranhão. Carmem é irmã de Walmir Serra Junior, presidente da Cruz Vermelha Nacional durante o período dos desvios.
Carmen Serra afirmou aos auditores que a filial maranhense emprestou suas contas bancárias para a Cruz Vermelha Nacional porque o órgão central tem dívidas trabalhistas e isso levaria a Justiça a confiscar o dinheiro das doações.
O atual secretário geral nacional da Cruz Vermelha confirmou que existem dívidas trabalhistas e que as doações costumam ser depositadas nas contas das filiais. Mas disse que o dinheiro não deveria ter chegado ao instituto.
O Jornal Nacional esteve no endereço indicado no site do Instituto Humanus, em São Luís, mas a ONG não funciona lá. A auditoria apontou também possíveis desvios de aproximadamente R$ 6 milhões de verbas públicas - a maioria do governo federal - destinadas à gestão de unidades de saúde.
Segundo o secretário geral da Cruz Vermelha, todos os envolvidos na denúncia já foram afastados da instituição. O relatório da auditoria foi entregue à Delegacia Fazendária, que investiga o caso. Os atuais gestores disseram esperar que o dinheiro seja devolvido e chegue ao destino certo.
“Se esse dinheiro for reavido, ele vai imediatamente seguir para as vítimas, para os países onde nós nos comprometemos de que seriam beneficiados com doações”, afirma o coronel Paulo Roberto Costa e Silva, secretário geral nacional da Cruz Vermelha brasileira.
Em nota, o ex-vice-presidente da Cruz Vermelha Anderson Marcelo Choucino disse que não houve desvio de doações e que o relatório da auditoria chegou “a um resultado equivocado, confuso e tendencioso, que não traduz a verdade”. Também em nota, a presidente do Instituto Humanus, Alzira Quirino da Silva, disse que está perplexa com o nível de irresponsabilidade das denúncias e que adotará medidas judiciais cabíveis com urgência.
Por telefone, um funcionário da ONG não quis dizer onde o instituto funciona atualmente.
O ex-presidente nacional da Cruz Vermelha Walmir Serra Junior disse, por telefone, que não praticou nenhum ato indigno na instituição e que foi ele quem pediu a auditoria internacional. Carmen Serra, ex-presidente da Cruz Vermelha no Maranhão, não foi encontrada para comentar as denúncias.
Fonte: Jornal Nacional
Após uma auditoria internacional comprovar o desvio de cerca de R$ 25 milhões de reais na Cruz Vermelha do Brasil, a organização relatou que pretende devolver de volta o dinheiro aos doadores e instituições. Os valores desviados são referentes às doações para as campanhas para socorrer vítimas das enchentes na região serrana no Rio de Janeiro, de prevenção à dengue, do tsunami no Japão e da seca na Somália.
Após denúncias em 2012 de que a organização estava sofrendo desvios em suas contas e problemas na gestão, uma nova diretoria foi eleita. O novo corpo administrativo optou por contratar uma empresa de auditoria inglesa, a Moore Stephens, que terminou encontrando as irregularidades no braço brasileiro da organização internacional.
As doações foram repassadas a uma ONG que pertence à mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha na época. Outra parte das doações, no valor de R$ 523 mil, foi destinada a fundos de aplicação.
Fonte: R7
“Tudo que é vermelho estes petistas nojentos usurpam, até o sangue das vítimas de catástrofes mundiais. Leopoldina Corrêa”
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