sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Aécio evita atacar Marina no penúltimo dia de campanha

Empatado tecnicamente com a candidata MarinaSilva (PSB) na disputa pela vaga no segundo turno, Aécio Neves evitou nesta sexta-feira (3) criticar sua principal adversária. O tucano resistiu também em falar sobre uma possível composição PSDB-PSB na segunda fase das eleições.

Questionado se concordava com a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que disse que o "tufão Marina" dá sinais de que vai virar "vento", Aécio desconversou. Também o fez diante de pergunta sobre a necessidade de uma aliança entre as duas legendas no segundo turno. 

"Eu tenho enorme respeito por todas as candidaturas em especial pela de Marina que disputa de forma competitiva a possibilidade democrática de estar no segundo turno. Eu só vou falar de segundo turno na hora em que o resultado for anunciado", disse o tucano durante corpo a corpo numa favela em Belo Horizonte. 

Em seguida, Aécio foi questionado sobre as declarações duras de Marina contra ele, em especial no início da campanha. Mais uma vez ele evitou o embate. "Eu não me lembro dessas declarações". 

O candidato tucano foi lembrado que, em maio, Marina declarou que o PSDB de Aécio tinha "cheiro de derrota". "Vamos manter o alto nível do debate", emendou. 

Apesar de aparecer numericamente à frente do tucano, Marina está tecnicamente empatada com Aécio por conta da margem de erro, conforme a última pesquisa Datafolha. 

Diante do crescimento de Dilma Rousseff (PT) em Minas, Aécio intensificou a agenda no Estado e nesta sexta faz campanha em quatro favelas de Belo Horizonte. 


DENÚNCIA

Contra o PT e o governo federal, contudo, sobraram críticas. Aécio disse ser "uma marca do governo do PT" obras com sobrepreço e atrasadas. 

Ele retomou também a polêmica sobre o uso dos Correios em benefício da campanha de Dilma
 
Afirmou que cartas encaminhadas pela Força Sindical a aposentados de Minas Gerais não foram entregues em sua totalidade, como ocorreu, segundo ele, com correspondências do PSDB, em caso em que já pediu apuração à Justiça. 

O tucano também afirmou que Dilma precisa explicar porque a campanha petista pagou aos Correios para postar material de campanha em 28 de agosto e ainda não declarou as despesas à Justiça Eleitoral. Os gastos não aparecem na prestação parcial de contas. 

A campanha de Dilma, por meio da assessoria, afirma que vai declarar na prestação final de contas, como prevê a legislação.

Aécio discorda. Afirma que o montante já deveria ter sido declarado na segunda parcial, em setembro.

FUNK TUCANO

Ao som do funk do Aécio, uma das músicas da campanha, o presidenciável foi recepcionado no aglomerado da Serra pela sua militância, a maioria contratada, e por integrantes de uma escola de samba. Ele percorreu uma rua comercial da favela. 

Quando esteve na última segunda-feira (29) no mesmo aglomerado, a presidente deu apenas uma volta em uma praça do local sobre uma camionete, sem entrar na favela. Dilma, porém, discursou –por apenas 2min40.

Aécio não discursou no aglomerado da Serra e não discursou também no Morro do Papagaio, outro aglomerado na zona sul de BH que visitou antes. Da mesma forma, ele apenas caminhou por uma via comercial do aglomerado. 





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